segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Supernatural, 6x12. "Like a Virgin"

"Se você queria ter matado seu irmão, Dean, deveria ter escolhido o jeito certo" - Castiel

Como conseguir se reinventar depois do que era para ser o fim? Essa é uma dúvida que assola boa parte dos roteiristas da TV americana, já que a maior parte das séries que fazem sucesso acabam por serem esticadas ao máximo a fim de continuarem obtendo audiência. Esse subterfúgio utilizado pelas emissoras americanas é tão comum que, às vezes, é tratado como algo normal e não como a anomalia que é.

Esse é um drama que vive Supernatural. A série teve previsão inicial de 05 temporadas e sua história foi muito bem contada e amarrada ao longo destes cinco anos. Porém, a CW optou por criar a 6ª temporada e apostar na fidelidade dos fãs para manter a audiência do show. Vem funcionando, após um início confuso, a temporada começa a ganhar forma e ficar cada vez mais interessante.

Após um episódio grotesco lidando com o universo da mitologia em torno das fadas, Supernatural se arriscou novamente, agora com a mitologia dos dragões em "Like a Virgin" - aliás, as citaões dos nomes de episódios da série estão cada vez melhores. Ao contrário daquele, este acertou o tom e teve todos os elementos que a série apresentou ao longo de sua história para prender a atenção do telespectador.

A história do dragão em si não chamou muito a atenção. Aliás, acho que os roteiristas quiseram apenas prestar uma singela homenagem a este mito inserindo-o na série. Mas a volta de Sam, agora com alma, foi muito interessante, principalmente pelo cuidado que Dean teve procurando não lhe contar como ele era sem alma. O tratamento que Dean dispensa ao irmão chama a atenção desde a estréia da série e mostra um cuidado muito bacana de se ver.

Gostei também da honestidade de Bobby que, mesmo conhecendo Sam, não se sentiu completamente à vontade ao lado do jovem que tentou matá-lo pouco tempo antes, com ou sem alma. Hilária a situação de Dean tentando arrancar a espada para matar o dragão. O personagem continua com cenas ótimas e parece nunca cansar.

Acho divertido como Sam engana Cassiel sempre com suas histórias e ele acaba contando tudo o que irmão caçula dos Winchester que saber. De qualquer forma, o fim do episódio foi surpreendente, afinal, após o demônio de olhos amarelos, após Lilith e após o próprio Lúcifer, agora temos "a Mãe de Tudo". Impossível saber quem é este ser bizarro saído do purgatório, porém, somente sua expressão foi suficiente para amedrontar. Vem coisa boa por aí.



Por Daniel César

0 comentários:

Postar um comentário