domingo, 20 de fevereiro de 2011

Parenthood, 2x16. "Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs"

"O incrível Andy é... incrível" - Adam

Os EUA vem produzindo uma gama tão grande de dramas nos últimos anos que, mesmo alguns sendo incrivelmente horrendos, é difícil conseguir criar uma classificação para o melhor de todos. Normalmente conseguimos, no máximo, pensar nos 10 melhores e, sempre um deles estando num grande momento ficando no topo da lista.

Basicamente a vez é de Parenthood. Uma série profunda, dramática, bem humorada, com uma visão ampla sobre, não apenas dramas familiares, mas dramas humanos. É impossível assistir a série sem refletir, sem se enxergar inserido em praticamente todos os plots. É bem verdade que a produção não foge do maniqueísmo, mas o retrata com qualidade que impressiona, com leveza, mas riqueza de reflexões através do texto e das situações.

Assistir esta produção da NBC sempre foi muito bom, mas no atual momento tem sido um prazer e, mais do que fãs de séries, tem sido um aprendizado para todos os seres humanos. "Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs" deu uma verdadeira aula sobre relacionamentos, sobre conflitos internos, dúvidas e, principalmente, sobre dependência.

A máxima "ninguém é uma ilha" foi verdadeiramente aplicada neste episódio. A começar pela espetacular festa que Adam e Kristina deram para Max. É sempre tão bom ver plot deste menino, sem dúvida nenhuma, um dos personagens mais complexos dos últimos anos no universo das séries, mas este especialmente foi aprofundado com a ideia da festa com uma apresentação sobre o mundo dos insetos. Andy - vivido pelo brilhante Michael Emerson que arrasou no papel - é um adulto que trabalha justamente neste tipo de apresentação e tem Aspeger, a mesma doença de Max, ou seja, ele acabou sendo a representação do menino adulto e foi muito lindo de ver. Realmente valeu a pena.

E eu que esperei tanto para ver a história de Drew se desenrolar acabei me decepcionando, não pelo plot em si que foi muito bem amarrado, mas por perceber que ele é um idiota e tem muito mais do pai do que de Sarah, uma verdadeira heroína por ter sobrevivido e conseguido criar dois filhos com um sujeito babaca como aquele. Pena que Drew enxerga muito mais o pai com suas qualidades do que como ele realmente é. Sorry, Drew, não concordo que seu pai preste, ao contrário, longe disso, ele não presta mesmo.

Júlia e Joel foram o bom humor do episódio. Eles trabalharam muito bem e com uma sintonia impressionante, conseguiram arrancar ótimas risadas do telespectador com a ideia de só poderem transarem no momento exato em que Júlia estivesse ovulando para que ela conseguisse engravidar. Todas as situações do casal, sem exceção, foram extremamente divertidas.

Por fim Crosby e Jasmine que não conseguem se acertar. Crosby continua sendo o infantil da história e já voltou a me irritar. Não gostei, e provavelmente não sou o único, de vê-lo com Gaby. A moça, além de tudo, sempre foi responsável e não merece uma relação com um molecote como ele, Jasmine com certeza também irá sofrer muito.

Não é tarefa fácil assistir Parenthood. A série exige muito dos telespectadores e obriga todos a pensarem e repensarem sua própria vida e seus próprios relacionamentos, tarefa que acaba sendo árdua porque nos enxergamos ali e percebemos que também cometemos inúmeros erros. É por isso tudo que Parenthood é fácil o melhor drama atual em exibição nos EUA.



Por Daniel César

1 comentários:

Alinne Silva disse...

Ótimo episódio. Concordo com vc em praticamente tudo :)

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