sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Skins US, 1x06. "Abbud"

"Eu também te amo, Tea. Muito" - Abbud

Skins US tem outro foco e outro estilo. Essa afirmação já parece ser uma verdade absoluta e todos - os fãs da série original ou não - devem se conformar e tentar, ao menos, absorver o que há de melhor neste remake que não vem conseguindo obter o sucesso de sua obra inspiradora, o que convenhamos não seria tão fácil, mas ainda assim, os erros têm sido gritantes.

Em 06 episódios se viu grande irregularidade, a maior parte dos episódios explorou temas do ambiente adolescente de forma superficial e sem permitir grandes reflexões sobre a condição de vida humana durante a formação da personalidade. É bem verdade que "Tea" havia sido a principal exceção desta temporada com um episódio denso e bem amarrado.

Apesar de tudo, "Abbud" melhorou em relação aos últimos 03 episódios de Skins US. Não que o roteiro tenha sido genial ou mesmo interessante, ele pecou em diversos pontos, principalmente porque somente desenvolveu a história do protagonista a partir da metade do episódio, mas conseguiu manter o interesse do telespectador ao criar um climinha interessante para os acontecimentos.

Abbud não chega a ser um personagem complexo, ao contrário, ele foi mostrado de forma rasa, só mais um adolescente que é apaixonado pela melhor amiga - quantos de nós não sofreu com isso nesta fase da vida? - a principal diferença é que a amiga é lésbica e, decidiu ter uma experiência sexual hétero com um amigo e não com ele.

Mais do que contar a história do protagonista, "Abbud" serviu para desenvolver e tentar amarrar as outras tramas, como a proximidade de Chris com a professora e as intensas dúvidas de Tea em relação a sua sexualidade, envolvimento com Tony e a constante fuga de um relacionamento sério. Aliás, o único plot da série que realmente é interessante é o de Tea que, bem ou mal, é a verdadeira protagonista da série.

Skins US não consegue se aprofundar em quase nada, mas ao menos desta vez, conseguiu produzir um episódio gracioso, já é um começo e, se quisermos acompanhar a série até o fim, é o máximo que podemos esperar.



Por Daniel César

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