sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Shameless, 1x06. "Facts Cannot Be Racist"

Todos é fã de Carl.


Shameless vem, semana após semana, caminhando com uma trama que está cada mais sólida e que também se destaca cada vez mais. Legal notar que, mesmo tendo bastantes personagens, o seriado consegue aproveitar bem o seu tempo, dando espaço para todos e fazendo com que os 40/50 minutos de programa rendam o máximo que podem render. Podemos dizer que, na trama, cada personagem tem a sua história própria e, nas cenas familiares, todas essas várias tramas se encontram e formam uma só, o que deixa tudo melhor ainda. Dito isso, chega de papo furado e vamos às observações acerca de “Facts Cannot Be Racist”, o episódio desta semana.

Pois bem. Ver a família unida em prol de alguma coisa já é tradição de todo episódio. Desta vez, vimos grande parte dos Gallagher’s envolvidos em torno de Carl, que acabou sendo o grande destaque de “Facts Cannot Be Racist”. Que o menino não é santo, todos nós sabemos. Basta percebermos todas as artimanhas que o garoto apronta em casa. Ficamos sabendo, porém, que na escola ele é pior ainda. Como disse o diretor do colégio, Carl o faz acreditar na existência do Satanás. Aliás, quem não conhece um criança assim, não é mesmo? Diante desse comportamento de Carl, não há jeito, o pai da criança deveria se dirigir à escola para ter uma conversa com os diretores. Mas é aí que está o problema.

Todos nós sabemos que Frank é o pai mais ausente do universo e quem toma conta das crianças é Fiona, que não é a guardiã legal dos mesmos e, portanto, não pode responder pelo menino no colégio. Por causa da ausência de um pai, Carl corre o risco de ir pra adoção. Mas óbvio que isso não iria se concretizar. É aí que a união dos Gallagher’s entra. E num plano meio maluco que acabou contando com a intromissão de Steve, a coisa se acerta e o menino, em casa, pode respirar em paz.

Enquanto isso, Sheila lutava contra a sua fobia. Essa história é, sem dúvidas, a mais nonsense da série, mas nem por isso deixa de ser atraente, claro. Em um primeiro momento, eu não gostei muito da personagem e achei-a muito forçada, sem graça. Agora, no entanto, começo a ir com a cara de Sheila. Não pelo caso dela com Frank, que ainda não me agrada tanto (apesar de já me agradar mais do que antes), mas sim pelo núcleo dela como um todo, que, digamos, serve como um plus à série, que não se concentra somente na família Gallagher, e isso deixa Shameless ainda mais completa.

Os plots de Ian e Lip foram bem bacanas, mas nada que mereça comentários maiores. Teve também a storyline de Frank, que ainda durará mais alguns episódios, podem ter certeza. Por fim, digo que me enganei totalmente ao pensar, na semana passada, que dariam uma “continuidade” à história de Marti, irmão de Veronica (que, por sinal, nem apareceu no episódio). Pois bem, ao que parece, encerraram a trama naquela cena dele acendendo o fogo no banheiro enquanto estava enrolado no papel higiênico. Vou ser teimoso e insistir que ele ainda voltará e aprontará mais algumas.

Enfim, mais um ótimo episódio de Shameless: na medida certa, completo, cujo tempo foi bem aproveitado. Do jeito que nós gostamos e nos acostumamos. Se continuar assim, fechará uma temporada acima de qualquer expectativa e excelente. Com boa audiência (para os índices da emissora na qual é exibida, a Showtime), o seriado deverá ser renovado. Todos nós torcemos.

*Shameless US, na sua opinião, é a melhor nova série humorística? Então vote, em breve, no TVxSéries Awards.

Por: João Paulo

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