segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Supernatural, 6x15. "The French Mistake"

"Misha, Jensen? O que há de errado com os nomes neste lugar?" - Dean

Uma série em plena 6ª temporada com certeza descobriu seu foco, sua estrada a seguir e, somente durou tanto tempo, porque criou empatia entre seus fãs e seu estilo de fazer televisão. Com tanto tempo no ar, é muito raro ver uma série que tem a coragem de ousar, de modificar completamente sua marca, sua tatuagem televisiva e seguir por novos rumos.

Foi isso que fez Supernatural. Uma série que, como já dissemos aqui, já respira com a ajuda de aparelhos e, a bem da verdade, já passou do tempo de ser cancelada. Mas mesmo assim, é muito prazeroso saber que a série ainda tem fôlego e coragem para arriscar, mudar e tentar mostrar um lado diferente para seu público.

Foi exatamente isso que aconteceu em "The French Mistake" um dos episódios mais deliciosos da história da série e, sem dúvida, o mais ousado que a coloca fácil no top 10 da série e, pela ousadia, coloca também entre os melhores da atual temporada americana. O episódio, focado apenas no humor, levou os irmãos Winchester a um universo paralelo em que eles se chamavam Jensen e Jared, dois atores que filmam a sexta temporada de um show chamado Supernatural. Tem coisa mais criativa que essa?

Toda a seqüência com os dois se descobrindo atores, ricos, sabendo que nem amigos são e que mal se falam, e, mais, que neste universo, Sam é casado com a "fake" Rubi, foi genial e absolutamente divertida. Os roteiristas conseguiram criar elementos espetaculares que prenderam o telespectador o tempo todo diante do televisor por todos os 43 minutos de episódio. Tudo muito bom.

É bem verdade que o episódio não acrescentou nada, ou quase nada, para o seguimento da temporada, mas quem se importa? Com tamanha criativa, a série tem um desconto e pode se dar ao luxo de apresentar um episódio assim. Além do que, os diálogos entre Dean e Sam estavam hilários e tem outro destaque. Trata-se de Misha Collins, disparado o melhor ator do elenco. O ator compôs seu personagem de forma genial e ainda interagiu com o público pelo twitter, afinal, tudo que ele twittou no programa, está mesmo em seu perfil oficial. Misha sendo Castiel é espetacular e Misha sendo Misha foi genial. O cara manda muito bem.

Não sei qual será a continuação de Supernatural que, provavelmente, deverá voltar a ser ruim nesta temporada sem histórias, porém, o episódio foi excelente e muito bem bolado. E serviu também para mostrarque, o ideal, seria um spin-off com Castiel e a guerra civil no céu.



Por Daniel César

domingo, 27 de fevereiro de 2011

The Vampire Diaries, 2x16. "The House Guest"

Sonhos sempre vêm pra quem sonhar.


Estou craque em escrever frases soltas nada a ver com o episódio no começo das minhas reviews de Vampire Diaries, não é mesmo? Desta vez não foi diferente e, antes tarde do que nunca, eu explico que elas não fazem sentido algum nem pra mim. Mas, sinceramente, eu acho muito chique começar um texto assim com essas frases soltas. Enfim, chega de papo furado e vamos logo comentar o episódio desta semana da série de vampiros que tem deixado milhares de fãs ao redor do mundo de cabelo em pé. Ou não.

Acho que este foi o episódio mais dinâmico da história do seriado. Houve espaço para todos os personagens nos 40 minutos de história, que, aliás, foram muito bem aproveitados. Aconteceu muita coisa e várias outras ficaram para o episódio de depois do hiatus, que se arrastará por mais de um mês.

Achei boa a ideia de deixarem os lobisomens pra lá por enquanto e focarem, enfim, nos bruxos. Bruxos estes que foram quase exterminados no episódio. Foram duas mortes num só dia.

Enquanto uns morriam, outros sobreviviam. Por causa do sangue de Caroline, Matt não morreu depois de levar um golpe com um pedaço de garrafa estralhaçada no pescoço. Aliás, o cara também ficou sabendo que a agora-namorada dele é uma vampira e, na mesma hora, lembrou-se de sua irmã, Vicky, acusando Caroline de ter alguma coisa a ver com a história. Vixi!

Katherine e Elena, por outro lado, nos confundiam o tempo. Nem a nós ficava claro quem era quem, e isso foi muito legal. Mas é em cenas como essas que Nina Dobrev mostra todo o seu talento como atriz.

E claro, por último, Isobel. Ela voltou e já chegou chegando. Agora, sim, podemos esperar muita coisa dos próximos episódios, pena que esse hiatus seja tão longo.

*Não fique para trás e volte em Vampire Diaries no TVxSéries Awards.

Por: João Paulo

Parenthood, 2x17. "Do not Sleep With Your Autistic Nephew's"

"Eu tenho Asperger? O que é Asperger?" - Max

A definição exata do que é uma série dramática é muito mais complexa do que se pode, a princípio, parecer. Nas grandes premiações, o que se vê na verdade, é uma separação bem simplória entre Drama e Comédia. Se a série não é para fazer rir, logo, é taxada de drama e encaixada nesta categoria para todo o sempre.

Mas nem todo produto televisivo que não é comédia é necessariamente um drama. É preciso muito mais do que isso para se encaixar no estilo dramático. Vários são os elementos, as situações e as características únicas, porém, a mais importante delas, é a capacidade de envolver e emocionar o telespectador. Exatamente como Parenthood faz com maestria.

"Do not Seleep With Your Autistic Nephew's" foi mais um episódio que leva a série a um caminho sem volta. O caminho árduo, mas muito competente e bem amarrado, que dá a Parenthood, sem sombra de dúvidas, o título de melhor drama em exibição na TV americana neste momento - e isso não é exagero de fã.

Assistir os conflitos se entrelaçarem é sempre muito interessante, basicamente como ocorreu no episódio em que vimos Crosby completamente arrependido por ter ido para a cama com Gaby. Mas não apenas ele, ela, por gostar dele, se viu obrigada a abandonar o trabalho que tanto ama e parar de ajudar Max. Foi triste ver o diálogo dela com Cristina, pois mostrou a fraqueza de ambas e, além de tudo, mostrou a fragilidade emocional do ser humano.

Não sei exatamente o que pensei ao ver Crosby confessar para Jasmine que foi para a cama com outra mulher. Sinceramente, não entendi o motivo dele ter dito aquilo naquele momento e não estou discutindo a sinceridade e honestidade do rapaz, porém, o momento escolhido foi o pior possível. Mas achei linda a forma como Cristina tratou do assunto com Jasmine, dizendo que ela já era da família.

As histórias de Julia são sempre as mais isoladas da série e ainda não sei exatamente o motivo. O plot com a filha dela vegetariana não me chamou tanto a atenção, mas foi interessante por mostrar a formação de personalidade das crianças e a dificuldade que pais e parentes de uma forma em geral tem para lidar com a situação. E quem não achou fofa a reconciliação definitiva de Zeek e Camile? Os dois são os responsáveis pelos filhos que têm e foram um belo casal.

Mas atualmente um núcleo de Parenthood tornou-se protagonista. Trata-se do núcleo de Sarah. Foi absolutamente sensacional toda a construção da história do ex-marido de Sarah. A resistência de Amber em aceitar o pai é bem interessante e a explosão de raiva da menina foi espetacular, confesso que me emocionei ao vê-la gritando: "Pode ser que para todo mundo é normal você vir aqui arrependido, mas desculpe, para mim não é. Eu não consigo esquecer as vezes que você prometeu sair comigo e não cumpriu. Não consigo esquecer os aniversários que você não veio. Não consigo esquecer todas as vezes que precisei de você e você não estava lá. Para mim, você continua o mesmo perdedor de sempre e eu não te admiro". Cada frase muito forte e verdadeira. Lindo.

E não é que Amber tinha razão? O homem decidiu ir embora novamente largando os filhos. E aí Sarah entrou em ação. Sensacional vê-la mostrando-se como uma mulher madura e que não aguentava mais ver os filhos sofrendo pelo pai. Lauren Grahan tem feito um trabalho primoroso nesta segunda fase da temporada e já está na hora das premiações olharem para ela. Adorei a cena em que Amber e Drew conversam e lembram que, apesar do pai, eles terão sempre a mãe e um ao outro. Emocionante, todos queriam ter uma família assim.

Forte mesmo foi a cena final. Eu confesso que não esperava que Max fosse descobrir tão cedo que tem Asperger e achei o jeito com que ele descobriu bem interessante. Agora, abriu um leque gritante de possibilidades para os próximos episódios.

Parenthood segue mexendo com as minhas emoções, com as minhas reflexões e muitas vezes me faz pensar sobre mim mesmo, minha família e minha vida. É uma série que tem a incrível capacidade de nos tornar pessoas melhores.



Por Daniel César

Parenthood está concorrendo em diversas categorias no TVxSéries Awards. Vote Agora

Community, 2x17. "Intro to Political Science"

Abed e Troy anunciam: mais uma vez, Community não deixa a peteca cair e nos apresenta um episódio excelente.


É impressionante. Community vem, semana após semana, caminhando como uma das melhores coisas no ar. No ramo das comédias, vocês já sabem que, na minha opinião, ela é a melhor. Mas vamos falar do episódio da última quinta-feira, que, mesmo não sendo um dos melhores do seriado, foi demais.

Depois que o vice-presidente anunciou que iria visitar Greendale, é decido, então, fazer eleição para eleger o presidente estudantil da faculdade. Do grupo, Annie é a mais animada e decide, pois, candidatar-se. No meio do caminho, não tinha uma pedra, mas sim Jeff.

O principal oponente de Annie não deu mole e, pra variar, era aclamado pelos eleitores, mesmo só falando coisas confusas. Mas Annie também conseguiu apoio, pregando a limpeza do mofo de uma das escadas da faculdade.

No outro lado da história, Abed era bajulado por uma agente secreta americana que fora à faculdade para "analisar" a situação da mesma antes da visita do vice-presidente. E pelo jeito, ela se apaixonou mesmo pelo cara. Será que isso virará uma coisa séria e, enfim, descolarão um caso amoroso para Abed? Bem, vamos aguardar.

p.s.: alguém conseguiu prestar atenção nas manchetes do jornalístico de Troy e Abed? Aposto que havia ali algumas 'mensagens subliminares'.

*Não esqueça, vote em Community no TVxSéries Awards!

Por: João Paulo

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Smallville, 10x15. "Fortune"

Se beber, não roteirize um episódio de Smallville.


Pertinho de chegar ao seu fim, Smallville, nesta semana, nos deu mostras mais do que suficientes de como se fazer um episódio que, ao mesmo tempo, é chato, escroto, sem pé nem cabeça e bobo. O que se viu, em 42 minutos de episódio, foi uma coisa que não há nem como descrever.

Não rotulo o episódio como o pior de todos os tempos. Em minha opinião, não foi. Mas não tenho como negar que foi um dos mais toscos mesmo. Sem discussão.

Pra quem não sabe, o episódio entrou na onda do filme “Se Beber, Não Case”, que inclusive terá sua continuação lançada neste ano. Óbvio que a obra cinematográfica é muito competente e muito boa, mas o que se viu em Smallville foi uma série de super-heróis tentando fazer graça onde não havia elemento nenhum para rir, afinal, o seriado não é de comédia, e, mesmo que fosse, estaria recebendo essas críticas.

O maior problema, quem sabe, talvez, tenha sido um episódio que fugiu tanto à série tão próximo do final da mesma como estamos. É algo que, convenhamos, chega a dar um pouco de medo.

Me dá mais medo ainda pensar nisso como a despedida definitiva da Chloe. Não acho que seja e não espero que seja. Mas se assim foi, definitivamente, num ponto, eu terminarei muito decepcionado com a série.

Enfim. Espero que o episódio da semana que vem, que será o último após o longo hiatus que se estenderá por mais de um mês, seja muito melhor do que isso que nos foi apresentado nesta semana...

*Vote em Smallville no TVxSéries Awards, clicando aqui!

Por: João Paulo

Greek, 4x08. "Subclass Plagiostomi"

Apenas mais dois episódios, depois, só a saudade

É muito difícil começar a escrever sobre Greek sabendo que são apenas mais dois episódios e depois, nunca mais. A série que me conquistou logo nos primeiros minutos de exibição e, conforme os episódios foram sendo construídos ao longo destas 04 temporadas, se tornou uma das minhas tramas prediletas e, certamente a dramédia mais interessante que surgiu nos últimos anos na TV americana.

Greek é mais do que simplesmente um produto mercadológico da TV, ele também é isso, mas vai além e nos apresenta um produto com verdadeira qualidade e intensidade necessária que leva o telespectador a sair de seu mundo confortável e refletir sobre a construção da personalidade e dificuldades que jovens passam em momentos de escolhas difíceis.

"Subclasse Plagiostomi" foi realmente o ensaio para o gran finalle. Difícil assistir, difícil pensar sobre ele e mais difícil ainda conseguir falar sobre ele. A série deu passos largos para terminar após este episódio que deixou praticamente todas as tramas bem amarradas e prontinhas para ter seu encerramento, óbvio que, em se tratando de Greek, não podemos concluir que elas terminarão assim.

Cappie e Casey definitivamente foi um acerto. Transformá-los num casal sólido, maduro e que sabe o que quer, transformou Greek numa série sobre relacionamentos que trata muito bem do tema e consegue fugir da superficialidade. E acho bem interessante a súbida mudança de Evan, acho que esses dois episódios finais podem ser esquentados justamente por este plot.

Em compensação Rusty e Ashleigh parecem atravancados. O romance não caminha e ninguém sabe o que de fato pode acontecer. Pra falar a verdade, não sei se torço pelo casal, ainda não tenho certeza porque considero Ashleigh uma personagem fascinante demais para ter um final simples assim, num romance normal, queria algo mais vindo dela.

O que falta fechar mesmo é a rixa entre KT's e Omega Chi's, sinceramente acho que este plot não será encerrado e tem tudo para deixar os fãs intrigados com um possível final aberto, brigas, discussões e desentendimentos sempre foi tudo que tivemos, não faria sentido acabar tudo bem.

Mas Greek também é humor e o que foi o lindo tapa que Katherine deu em Casey? Achei sensacional e muito divertido porque ele fez sentido. As atuações nessa sequência foram impecáveis e o texto ajudou muito, leve, divertido e cheio de tiradas.

Agora, restando dois episódios para o fim, o jeito é respirar fundo e preparar o lenço, porque Greek está acabando.



Por Daniel César

Mike & Molly, 1x17. "Joyce & Vince and Peaches & Herb

"O que você acha de eu deixar meu bigode crescer? Poderia pôr um piercing no mamilo" - Mike

Mike & Molly já deu provas concretas de que não é apenas uma sitcom tradicional. O objetivo dos produtores da série nunca foi de criar quaisquer episódios engraçadíssimos e fazer o telespectador achá-los inesquecíveis pela quantidade sem número de gargalhadas. Este não é o propósito e quem assiste ao produto pensando assim, vai se decepcionar.

A série sempre quis ser bem humorada, mas mais do que isso, fofa - e o termo aplica-se perfeitamente a uma comédia romântica que trata da história de um casal de gordinhos - e este objetivo está atingido nesta primeira e ótima temporada.

Mais um clássico exemplo isso ocorreu em "Joyce & Vince and Peaches & Herb" que, mesmo sendo um episódio cujo o título não fez qualquer sentido para ninguém - até agora não consegui entender o motivo de escolherem este título - foi um episódio bem interessante e mostrou todos os elementos de fofura que Mike & Molly sempre mostrou ao longo da temporada.

Gostei da forma como Molly ficou inquieta ao longo do episódio, se recusando a agir como uma velha ficando em casa todos os dias comendo assistindo a TV junto com Mike. Essa "eletricidade" da personagem que a levou a sair com a irmã Victória foi ótima, pois permitiu que Melissa McCarthy mostrasse todo seu incrível talento e timing para comédia, soltando a personagem. Ela acabou sendo a dona do episódio.

Por outro lado, também foi bastante interessante notar que Mike estava se sentindo injustiçado, afinal, ele trabalha todos os dias e quer poder descansar e relaxar ao chegar em casa. Este dilema é de praticamente todos os casais e foi muito bem abordado pela série, claro, com o bom humor e situações engraçadas com que nos acostumamos.

A seqüência final em que Mike encontra Molly e Victoria numa boate gay foi espetacular. Cheia de falas de efeito, de situações divertidas e, óbvio, com o casal mais fofo do universo das séries, fazendo as pazes no melhor estilo possível. Adorei o diálogo final que fechou com chave de ouro mais um bom episódio da série.



Por Daniel César

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gossip Girl, 4x16. "While You Weren't Sleeping"

Gossip Girl adverte: dormir pouco faz mal à saúde.


Quem lê as reviews de Gossip Girl aqui no blog já deve estar de saco cheio de me ouvir reclamando da série toda semana, não é mesmo? Por isso eu decidi parar por aqui e desistir de escrever sobre o seriado, porque escrever reclamação é tão chato e entediante quanto lê-las.

Não sei, honestamente, se ainda há salvação para a série. Mas se houver, necessitará de muito mais. Muito mais. Tudo bem que, neste episódio, tivemos uma pequena melhora quanto ao desenvolvimento de tramas, mas nada que nos deixasse boquiabertos. Pra falar a verdade, acho que a trama alicerce da temporada é fraca e, no caso, está sendo mal desenvolvida.

Blair e Dan, por incrível que pareça, continuam sendo a melhor parte da trama, disparando na frente como o melhor núcleo. A química dos dois é realmente boa e, pelo menos pra mim, inesperada. Mas, infelizmente, dois personagens não seguram uma série grande como Gossip Girl. Não mesmo.

Enquanto isso, o resto dos personagens se afoga numa trama chata e sem sal. Está, honestamente, ficando difícil... Muito difícil. Mas enfim, vamos em frente.

Pela última vez, clamo pela volta de Taylor Momsen e a sua Jenny, que sempre dá uma sacudida boa na trama.

*Filme referência do título do episódio: "While You Were Sleeping" (1995)

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Por: João Paulo

The Big Bang Theory, 4x17. "The Toast Derivation"

Depois dessa, eu quase deixei de ser amigo de The Big Bang Theory.


Ao longo de três temporadas, The Big Bang Theory mostrou-se como uma ótima opção para fãs de séries. Óbvio que o seriado foi tropeçando e se ajeitando, baseando-se nos erros cometidos. Erros esses que, em tese, não mais se repetiriam. O que ninguém esperava é que, de uma hora pra outra, a série se tornasse o que se tornou hoje: algo totalmente dispensável.

Acho que a última vez que gostei de um episódio de TBBT do começo ao fim foi no fim do ano passado, no qual todos eles se vestiram como membros da Liga da Justiça e, na loja de quadrinhos, passaram o ano novo. De lá pra cá, pouca coisa tem me agradado e quase nada tem me convencido.

Não que isso seja unanimidade, mas o que se vê é muita gente reclamando do caminho pelo qual a série está indo. O que estava irregular (oscilando entre bons e maus momentos), agora tornou-se apenas ruim. Porque nada se salvou no episódio desta semana.

A história em si até que foi interessante. Bem, pelo menos em tese era interessante. Mas o que se viu? Situações totalmente chatas, sem sal e que deixaram aquela velha impressão de que não aconteceram. Lamentável.

Sorte que The Big Bang Theory é uma daquelas séries que eu não largo nem que seja a pior coisa do universo. Mas não há como negar: em plena 4ª temporada, o seriado deveria estar melhor.

**TBBT concorre em algumas categorias no TVxSéries Awards, vote clicando aqui!

Por: João Paulo

Modern Family, 2x16. "Regrets Only"

"Continue fazendo isso e este não será o último plug que vou desligar" - Manny

Sabe todos os elementos de humor existentes na dramaturgia? Alguns exemplos clássicos são: as situações bizarras, os diálogos impossíveis, as respostas inesperadas, o humor pastelão que envolve sujeira, tombos e tudo que faz as pessoas rirem do próximo. Enfim, tudo isso são elementos de humor que compõem uma ou outra série, conforme o estilo apostado por seus roteiristas.

Normalmente uma série opta por determinado número de elementos e vai neles o tempo todo, angariando assim, um número específico de telespectadores que se identificam com estas situações dramatúrgicas criadas pelo roteiro. É uma idéia inteligente e que comprovadamente, garante o sucesso e a repercussão de um produto.

Era assim. Agora não é mais. Modern Family vem mudando este conceito ao pegar todos os elementos de comédia, jogar dentro de um liquidificador e apresentar tudo de uma única vez nas cenas e seqüências ao longo dos episódios. Já havia feito isso com muito sucesso e em "Regrets Only" voltou a usar a fórmula, novamente com grande competência.

Os dois primeiros minutos do episódio anteriores a abertura já tornaram este o melhor episódio da temporada. Poder ver o estado lastimável em que se encontrava Claire e o diálogo delicioso dela com Phill foi sensacional. A partir daí, todo este plot tornou-se uma verdadeira delícia com Claire e Phill relembrando para Jay e Gloria, respectivamente a causa da briga na noite anterior - e o que foi ver os dois brigando e destruindo a cozinha? Poucas vezes ri tanto em minha vida com uma cena que tinha tudo, absolutamente todos os elementos do bom humor.

Gloria e Jay também me divertiram. Ela, como sempre hilária em suas insanidades, como cantar num karaokê. Cantar? Não exatamente, muito mais berros desafinados que estavam levando Jay a loucura, mas ele, bom marido e com medo de brigar, não queria falar isso. Achei hilário ela cortando o cabelo de Phill e aconselhando-o enquanto Jay aconselhava a filha no shopping, aliás, só eu passei mal de rir de Claire no shopping?

O plot de Cam e Mitchell foi mais dramático do que propriamente de humor. A aposta dos roteiristas foi no talento de Eric e funcionou. Mesmo com um texto mais sério, o ator conseguiu criar um clima de muito humor e arrancar boas risadas do telespectador. Assim como Halley que, tentou dar uma de esperta, e quase entrou pelo cano.

É difícil fazer a review de um episódio como este Modern Family. Quando uma série de 20 minutos leva mais de 30 para ser vista porque o telespectador precisa pausar várias vezes o episódio para poder dar risada, caso contrário não conseguiria acompanhar, é sinal que tudo foi ótimo. "Regrets Only" foi mais do que ótimo, foi extraordinário.



Por Daniel César

Você sabia que Modern Family foi a série que mais recebeu indicações na categoria comédia no 1º TVxSéries Awards? Vote agora em todas as categorias

Skins US, 1x06. "Abbud"

"Eu também te amo, Tea. Muito" - Abbud

Skins US tem outro foco e outro estilo. Essa afirmação já parece ser uma verdade absoluta e todos - os fãs da série original ou não - devem se conformar e tentar, ao menos, absorver o que há de melhor neste remake que não vem conseguindo obter o sucesso de sua obra inspiradora, o que convenhamos não seria tão fácil, mas ainda assim, os erros têm sido gritantes.

Em 06 episódios se viu grande irregularidade, a maior parte dos episódios explorou temas do ambiente adolescente de forma superficial e sem permitir grandes reflexões sobre a condição de vida humana durante a formação da personalidade. É bem verdade que "Tea" havia sido a principal exceção desta temporada com um episódio denso e bem amarrado.

Apesar de tudo, "Abbud" melhorou em relação aos últimos 03 episódios de Skins US. Não que o roteiro tenha sido genial ou mesmo interessante, ele pecou em diversos pontos, principalmente porque somente desenvolveu a história do protagonista a partir da metade do episódio, mas conseguiu manter o interesse do telespectador ao criar um climinha interessante para os acontecimentos.

Abbud não chega a ser um personagem complexo, ao contrário, ele foi mostrado de forma rasa, só mais um adolescente que é apaixonado pela melhor amiga - quantos de nós não sofreu com isso nesta fase da vida? - a principal diferença é que a amiga é lésbica e, decidiu ter uma experiência sexual hétero com um amigo e não com ele.

Mais do que contar a história do protagonista, "Abbud" serviu para desenvolver e tentar amarrar as outras tramas, como a proximidade de Chris com a professora e as intensas dúvidas de Tea em relação a sua sexualidade, envolvimento com Tony e a constante fuga de um relacionamento sério. Aliás, o único plot da série que realmente é interessante é o de Tea que, bem ou mal, é a verdadeira protagonista da série.

Skins US não consegue se aprofundar em quase nada, mas ao menos desta vez, conseguiu produzir um episódio gracioso, já é um começo e, se quisermos acompanhar a série até o fim, é o máximo que podemos esperar.



Por Daniel César

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Glee, 2x14. "Blame It on the Alcohol"


Os roteiristas de Glee têm que parar de beber. Urgentemente.

Ok, não tão urgente assim, porque apesar de ter sido, na minha opinião, bem tosquinho, o episódio teve parte legais e que se salvaram. Não muitas, pra falar a verdade, mas o importante é que teve. Ou não teve? Sendo sincero, eu não lembro, apesar de ter acabado de assistir ao mesmo. Calma, eu assisti hoje ou ontem antes de dormir? Vixi, não sei. Mas o importante é que o episódio me contagiou de uma tal maneira que, bem, estou até um pouco bêbado. Ou não.

Não achei o melhor episódio, nem chegou perto de ser. No começo, eu até estava o odiando, mas depois que a coisa começou a esquentar e o pessoal a se embebedar, até houve uma melhorada. Mas, criançada, lembre-se: nada de se embebedar para ficar mais legal. Isso é algo que só Glee consegue.

Foi legal ver a série mostrando os vários tipos de bêbados, cada um representado num personagem diferente. Certeza de que essa foi uma das cenas mais engraçadas e divertidas do episódio. Além de muito descontraída, claro.

Uma coisa chata, muito chata foi Kurt e a conversinha com seu pai. Sério, o cara é chato pra caramba e, agora, fica tentando dar liçãozinha de moral de segunda nos outros? Não sei como há pessoas que veneram Kurt. Pra mim, ele e Blaine não combinam pelo simples de Kurt ser chato e Blaine gente boa. Simples.

A melhor apresentação do episódio, não há dúvidas, foi a de Tik Tok, da Ke-cifrão-ha. Coreografia bem ensaiada, ritmo legal e Brittany. Principalmente, Brittany. Apesar de a voz da moça, na música,estar idêntica à da Ke$ha na versão original, a versão (pouquíssimo modificada) ficou bem legal.

Sue não apareceu muito, mas, mesmo nos poucos minutos que nos deu o ar da graça, roubou a cena, apesar de o tiro dela ter saído pela culatra e ter tido o exato efeito contrário.

Enfim, um episódio não tão bom de Glee, nem muito satisfatório, mas mesmo assim interessante, não é mesmo?

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Por: João Paulo

90210, 3x16. "It's High Time"


Como começar mais uma review que elogiará um episódio de 90210 do começo ao fim?

Se vocês fizerem uma pesquisa a fundo no história de 90210 neste pequeno e humilde blog, verão que raramente eu falei mal da série. Não creio que seja imparcialidade demais da minha parte (confesso que, doseadamente, pode até ser), porém, a meu ver, é impossível encontrar qualquer aspecto atual do seriado que a mim não esteja agradando. É interessante notar também que uma queda brusca na qualidade, pelo menos até o fim da decorrente temporada, é algo não impossível, mas difícil, muito difícil. Porque além de apresentar histórias que se desenvolvem num ritmo muito bom e mostram uma regularidade estupenda, nós temos a impressão de que estamos lidando com um grupo de roteiristas afinados e que, acima de tudo, sabem o que estão fazendo. A segurança para seguir em frente, no caso, fica ainda maior.

Bem, acho que, se pararmos pra pensar, perceberemos que “It's High Time” não teve um núcleo principal, que se destacou e deixou os outros comendo poeira. Houve, sim, aquele que teve um pouquinho mais de destaque do que o resto, mas foi pouquinho, pouquinho mesmo. Quase nada.

Não me recordo bem, mas acho que na maioria das vezes começo as reviews de 90210 falando de Adrianna, certo? Pois é. Vamos manter a tradição (que eu nem sei se existe) e começar falando da estrelinha da temporada. E, olha, a cantora (ou ex-cantora, não sei) continua fazendo de tudo para não deixar o brilho do seu sucesso, alcançado com muito suor, se apagar. A menina já cogitou diversas maneiras de fazer isso dar certo, porém, nenhuma foi pra frente. Afinal, o incidente com as músicas de Javier ainda prejudica e muito isso. Desta vez, entretanto, vemos Ade indo à caça de outra coisa: a pessoa com quem Navid a traiu. Disposta a se vingar da “vadia”, ela pede ajuda a Silver. Pois é, se levar esse papo a série, Silver se vingará dela mesma. Bem, isso não daria muito certo.

Silver, nitidamente, claro, está com medo da sua então melhor amiga. Ela deve conhecer a figura muito bem e sabe do que Ade é capaz quando conseguir as coisas. Nós, inclusive, também já sabemos mais ou menos disso. Um brinco é a chave central do mistério desse plot. Adrianna sabe que a mulher que ficou com Navid tinha um determinado tipo de brinco porque deixou um deles cair no chão no outro dia. Silver vai atrás de Navid para que o amante volte em sua decisão e assine um tal termo para fazer com que o piloto do programa da sua ex-namorada vá pra frente. Ele aceita e assina.

Com esse termo assinado, o programa de Adrianna pôde, enfim, ser montado. Antes de ser aprovado ou não, claro, a estrela do mesmo deve dar uma conferida no material. Após uma aberturinha bem meia-boca, mas, mesmo assim, muito interessante, algumas cenas avulsas da vida de Adrianna são mostradas. Uma delas é a cena (que a nós foi apresentada no episódio de Natal desta atual temporada, o último exibido no ano passado, por sinal) em que Silver e Naomi aparecem patinando no gelo. Astutamente, Adrianna percebe que o brinco que sua melhor amiga usava na ocasião era do mesmo modelo que ela encontrara no quarto de Navid. O que ela fará agora nós também não sabemos, mas podemos esperar tudo de uma mulher traída.

Enquanto isso, Naomi vai atrás do então homem dos seus sonhos. Desde o episódio da semana passada, nós sabemos, ela está apaixonada pelo nerd a que antes ela nem dava bola, mas agora que ela ama e fará de tudo por ele (até se fantasiar de Na’vi). Basicamente, não muitos avanços nesta trama, mas só de saber que arranjaram um par romântico pra moça, já é uma vitória. Eu sei que não deve ser nada totalmente definitivo, porém, vamos comemorar o fato. Ou não, né. Vai saber.

Dixon, Navid e Liam, por sua vez, mostram ser amigos bem solidários e decidem convidar Teddy a ir a uma boate gay. Exatamente. Uma boate gay. Depois de darem um fora no cara com o lance do vôlei feminino, os meninos decidem fazer um pouco a vontade do amigo recém-saído do armário. Navid e Dixon até que se animaram bastante com o ambiente (Navid, então, nem se fala. Se animou demais pro meu gosto), mas Liam, após ser cantado por um dos homossexuais presentes no local, decide retirar-se do recinto. Teddy também não estava muito à vontade e decide sair também. Depois os dois saem pra comer alguma coisa e Navid e Dixon, olha só!, ficam na boate dançando até chão. Sei não, hein...

E a Ivy, hein? Adoro a personagem e adoro a atriz. Neste episódio, em especial, acho que vimos todo o talento de ambas. Graças à vadia da Guru Sona, Ivy agora está sempre chapada. Mas foi até interessante esse lance porque, na loja de alimentos feitos à base de maconha (é isso?), ela conhece um carinha e com ele vive altas aventuras na noite. Ui.

E chegamos, tã tã tã, ao plot mais movimentado do episódio, o de Annie e Emily. Semana passada, Emily revelou suas verdadeiras intenções à prima. Nesta, ela já colocou seus planos para funcionar e já causou muitos, mas muitos estragos. As amigas já estão contra ela, os responsáveis pela peça teatral também, depois daquele fight no refeitório, vixi, a credibilidade de Annie deve estar menor do que a audiência da série. Entretanto, nós sabemos, os objetivos de Emily são ainda maiores e envolvem, entre outros elementos, Liam. Não vai demorar muito para ela conquistar os seus objetivos e vencer a partida de War contra a sua prima. Ou será que não?

*Vote em 90210 no TVxSéries Awards, clicando aqui!

Por: João Paulo

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Community, 2x16. "Intermediate Documentary Filmmaking"

RT @MagnumDias: Você sabe que uma série é realmente boa quando um episódio do naipe desse 2x16 não é o melhor da série. Mas olha, chegou bem perto. <3


Enquanto algumas séries entram na onda de Glee, Community sai na frente e faz um episódio homenagem ao "Mockumentary", consagrado em séries como Modern Family, The Office e Parks and Recreation. Homenagem? Bem, há controvérsias quanto a isso, muitas controvérsias.

O mais  impressionante é que a série sabia o que estava fazendo. Não foi um episódio mal feito, não. Community aventurou-se num outro mundo, mas foi uma aventura com qualidade ímpar, que não merece nem discussão. Mais uma vez, usou-se o que melhor a série sabe usar: ousadia. Ao longo de todos episódios de Community, nós percebemos que o seriado é apontado como uma das melhores comédias atuais porque não basta ser engraçadinha, descompromissada. No cenário atual, para se destacar, é necessário ousar, buscar novos caminhos.

Comédia arroz com feijão pode até ser boa, claro. Mas não se destaca tanto quanto uma comédia que se aventura em caminhos nunca antes explorados.

Erro banal hoje em dia é pensar em Community como uma série qualquer que nem indicada a prêmio é. Por ora, eu digo que tenho pena das pessoas que dizem isso. Depois, posso até pensar em alguns lugares para mandar as pessoas que acham mesmo que premiação é tudo.

Sendo sincero, será uma puta sacanagem se, depois de um episódio impecável como este, Community for, de novo, ignorada pelo Emmy. Quem assiste, sabe muito bem que ela merece - e muito - essa indicação.

Por fim, digo que concordo com o Abed. Falar para as câmeras é fácil, muito mais fácil.

Por: João Paulo

Desperate Housewives, 7x15. "Farewell Letter"

“Não, você não me ama... Ninguém pode me amar” - Paul

Com tramas mais sólidas e com destaque para todos os núcleos, Desperate Housewives acerta em cheio e faz o seu melhor episódio neste ano.


Não sei nem por onde começar este texto. Ainda estou rindo à toa com “Farewell Letter”, que serviu para revitalizar o meu ânimo com a série. Se, na semana passada, eu me desanimei completamente com a temporada, nesta, não teve jeito, o ânimo que eu tenho pela série voltou à tona. Principalmente porque todas as donas de casas (e Paul) tiveram plots dignos e interessantes.

A começar por Gaby, que voltou às origens e descobriu quão é amada. Porém, nem tudo são flores na vida da ex-modelo. Lá ela encontra uma Irmã a quem ela contou, na época, que fora abusada sexualmente pelo padrasto. Só há um problema: a Irmã não acreditou em Gaby e acusou-a de estar inventando tudo aquilo. Aliás, é o que ela fala até hoje.

Lynette esteve envolvida com a mudança de casa dos dois filhos mais velhos. Cara de pau demais a cena dos dois se mudando para a casa de Karen. Claro que Lynette não vê isso muito bem, afinal, ela queria que os filhos se tornassem livres para voar. O que talvez ela não tenha enxergado é que ela mesma, na verdade, sempre foi muito protetora de ambos.

Acho que foi o melhor episódio para Bree desde o começo da temporada. Não tenho muita coisa contra o namoro dela com Keith, o problema é que a personagem perdeu (e muito) a sua essência. Mas mesmo assim foi legal vê-la dando apoio ao namorado, que sempre foi apaixonado por crianças.

No núcleo de Susan, um destaque absoluto: MJ, claro. O garoto foi uma das melhores partes do episódio e quase ‘desmascarou’ a mãe quando ela usou a sua diálise na fila do supermercado. No final, o resultado dessa “esperteza” de Susan não foi nada bom.

E, por fim, Paul. Gostei bastante do desenvolvimento da história dele com Zach, mas fiquei com pena de Beth, até porque, no fundo, nós sabemos que aquilo que ela disse é verdade. Porém, não dá para tirar a razão dele, afinal, dormir com a filha do inimigo não deve ser muito prazeroso.

Por: João Paulo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Skins, 5x04. "Liv"

"Você é real? Você tem que ser real" - Liv

Skins revolucionou o jeito de se fazer televisão para jovens - e não apenas para eles - mudando a linguagem congelada, às vezes monótona e enfadonha. O método de foco dos episódios, a linguagem e, principalmente as "gerações" surpreenderam o mundo e deram fôlego que nenhuma série pareceu jamais ter, principalmente primando tanto pela qualidade.

Após duas gerações, ninguém esperava que a série fosse se preocupar em mudar seu método de sucesso, pois foi isso que ela fez. Esta 5ª temporada é, disparada, a mais profunda ao retratar os adolescentes de Bristol, isso porque já começou assim, normalmente a primeira temporada de cada geração é mais festas e festas e na segunda se aprofunda sobre alguns temas, desta vez nada de alegria, nada de arruaça, já começou tudo profundo, tudo tenso, tudo real demais.

Em "Liv" confesso que demorei mais de 1/3 do episódio para decidir o que pensar. Não sei se foi o melhor exibido em Skins, mas foi, sem sombra de dúvidas, o mais complexo e difícil de se compreender desde que a série britânica surgiu, há cinco anos. Liv pode não ser a personagem mais complexa, longe disso, mas o plot do episódio foi real, confuso, chocante.

Não apenas com a protagonista da noite, mas para todos os personagens que, pela primeira vez, tiveram pequenas histórias contadas mesmo não sendo o foco. É difícil compreender a relação entre Liv e Mini enquanto telespectador, mas muito fácil quando nos teletransportamos e verificamos que somos iguais às duas. Afinal, sempre queremos apoio, conforto, quem nos apóie incondicionalmente, sem palavras duras e julgamentos e é isso que as amigas tinham.

Confesso que adorei Matty. Enigmatico, interessante, já entrou para o hall dos personagens confusos que eu tanto gosto em Skins. Ele completou Liv e deu cor à vida da garota que, estava prestes a explodir, e convenhamos, que explosão. A tarde que os dois passaram juntos foi tão psicodélico e diferente de tudo que Skins apresentou que, em determinados momentos, soou estranho.

Mas não tanto assim. A licença poética apareceu em todo o episódio e é nisso que Skins é craque. A análise de fuga dos adolescentes, a necessidade de criar seu próprio universo dentro do meio onde vive, os problemas que sempre parecem ser maiores do que realmente são, enfim, tudo do mundo teen apareceu neste episódio, mas nada explícito, tudo obrigando o telespectador a pensar, refletir, procurar as pistas e, quem as encontrou, viu um dos melhores episódios da série.



Por Daniel César

* Você sabia que Skins está concorrendo como melhor série internacional no 1º TVxSéries Awards? Vote Agora

TVxSéries Awards Começa a Votação

Após meses de espera, com os indicados roendo as unhas tamanha ansiedade - afinal temos ou não temos mais credibilidade que o Emmy e o Globo de Ouro juntos? - chegou o momento de iniciar a votação popular do 1º TVxSéries Awards. Não deixe de votar.

Vamos votar? Então vamos:

Grey's Anatomy, 7x15. "Golden Hour"

E quem diria que em 1 hora poderia acontecer tanta coisa?


Neste curto espaço de tempo tivemos, vários acontecimentos importantes ocorreram dentro das paredes do Seattle Grace.Um homem que tinha azia morreu do coração numa mesa daSC. Uma decisão errada de uma médica é "contornada" em tempo.Uma criança com o fêmur quebrado inicia uma cirurgia. Um homem com uma faca alojada na cabeçada consegue retira-la sem nenhuma sequela e a esposa do Chefe faz uma visita Pronto-Socorro após, aparentemente, quebrar o pulso.

Apesar de não desenvolver muito a storyline e nem os outros personagens principais, a ação embalada e dinâmica do episódio, juntamente com a boa atuação de Ellen Pompeo, foi algo irretocável e que conseguiu envolver e agradar o público durante a uma hora do show.

Ao longo dessa hora tivemos pequenos petiscos das histórias em geral, dando enfoque na vibe Dra. Teddy e Seus Dois Maridos.Foi muito bom ter o Scott Foley de volta a série que está ótimo no papel do paciente doente.Vamos esperar pela Shonda mantê-lo por mais tempo.

Outro caso interessante foi o homem que foi internado por dores no peito.Ele foi apenas ao hospital assumindo que tinha azia e que tinha que ter alta logo para levar o filho a um jogo de basquete.Essas dores foram subestimadas e acabaram levando o paciente à uma cirurgia de emergência, sob as mãos da Dra. Teddy e da Dra. Grey, que após ter a Aorta totalmente destruída, acabou morrendo sem dizer nem um adeus ao filho.O mais emocionante ainda do enredo foi a Meredith, ao fim de cirurgia, ter de declarar a hora da morte e ligar para o filho.Por essas razões é porque eu continuei assistindo ao ruim início da 7° temporada de "Grey's Anatomy".

Ainda tivemos a Dirty Bayley que foi pro histórico quartinho dos médicos do Seattle Grace com o seu namorado e foi pega no flagra na cama com ele pela Derek e pela Grey.Alias, vocês já viram algum dos personagens da série utilizarem os quartos do hospital para dormir mesmo (#fail)?! Teve ainda a obstetra Lucy que deu um flertão no Karev, o Avery e a Lexie que tiveram seu primeiro encontro, Adele, mulher do chefe, que não dizia coisa com coisa,  Meredith fazendo Christina desistir de ser madrinha do filho da Callie para ser a madrinha do seu próprio filho e o Alex desistindo de ver um jogo de basquete para fazer uma cirurgia no esquecido menino que quebrou o fêmur.

Por fim, nesse episódio onde também tivemos a esposa do Chefe com possíveis comportamentos de Alzheimer, negado por ele, e com a Meredith ainda se tratando para ter seu bebê "Grey's Anatomy" nos manda um ótimo episódio nos lembrando dos bons e velhos tempos da série.

Por Lucas Moraes

Greek, 4x07. "Midnight Clear"

Greek se prepara para o encerramento :(

Quando uma dramédia com todas as características necessárias para se tornar cult começa a emocionar os fãs, é sinal de que a produção acertou o tom e vem realizando um trabalho louvável, afinal, sair do campo do entretenimento barato e invadir os aspectos que mexem com o emocional do telespectador não é tarefa fácil e nem de todos.

Greek faz isso desde seu episódio piloto quando conquistou o público cativo - a mim conquistou na primeira cena ao citar a célebre frase: "Afinal, por que tinham de cancelar Gilmore Girls" - e, a partir de então, passou a envolver-nos numa teia de acontecimentos e plots que sempre chamaram a atenção em todas as temporadas anteriores.

A 4ª temporada começou um tanto quanto devagar, provavelmente porque sabíamos ser a última e já estávamos - e estamos - de luto. Mas já há alguns episódios o tom cresceu e a série se prepara para sair de cena em grande estilo. Foi o que "Midnight Clear" deixou claro. Um dos melhores episódios da temporada e também da série.

O tom retrô, nostálgico do episódio certamente emocionou demais os fãs que relembraram os grandes momentos de Greek, de seus personagens cativantes e conseguiram compreender bem as metáforas ali impregnadas. Parar, refletir, analisar e ver que o caminho que cada personagem escolheu ao longo destes 04 anos foi uma tarefa interessante e que levou algum tempo. Impossível não dar um nó na garganta.

Impossível achar Evan e Rebecca funcionando. Os dois continuam chatos, apesar de terem construído uma história bem interessante e, separados, funcionarem muito melhor. Mas ao menos estão amadurecendo juntos, principalmente em meio a uma briga como vimos no episódio, ajudou a fazê-los refletir sobre si mesmos. E Calvin servindo de pano de fundo em sua festa para que outros personagens pudessem brilhar, foi inteligente e, ele como sempre, discreto.

Ashleigh e Casey brigando foi das melhores coisas do episódio. Ash cresceu muito nesta temporada e deixou de ser a garota metida e que acha que conhece tudo do mundo. Ela vem mostrando personalidade e conseguindo se impor mais do que todos os outros personagens. Virei fã e isso mostra como uma personalidade pode ser moldada e construir uma pessoa, mesmo dentro da universidade.

Casey e Cappie sempre me surpreendendo. Acho-os fofo e torço pelo casal. É impossível não imaginá-los juntos daqui 50 anos ou daqui a 50 encarnações. Foram feitos um para o outro e dão o tom de romance da série. Olhá-los nos dá até a esperança de que existe um amor para toda a vida.

Greek continua em sua saga de preparar os fãs para um encerramento que, muito mais do que apenas digno, promete ser absolutamente genial e fazer com que a série deixe saudades.



Por Daniel César

domingo, 20 de fevereiro de 2011

The Vampire Diaries, 2x15. "The Dinner Party"

Quando o vinho vira sangue.


Sempre fico com um pé atrás quando começo a elogiar uma série durante semanas consecutivas. Começo a pensar que a mesma talvez não esteja tão boa quanto eu estou enxergando e, na hora de escrever a review, o xiitismo fala mais alto. Não sei se acontece isso com The Vampire Diaries, porém, confesso a vocês que não me canso de elogiar a série.

Apesar de não ter sido o episódio mais exemplar da temporada (confesso que, na minha opinião, não ficou nem entre os melhores), "The Dinner Party", de maneira nenhuma, deve ser fichado como ruim.

Um jantar. Foi daí que a história principal do episódio se desenvolveu. Se observássemos o promoter da tal reunião e, principalmente, os convidados da mesma, perceberíamos facilmente que dali coisas boas não sairiam. E assim foi feito, por sinal.

Um "simples" erro provocou uma tremenda avalanche que atingiu, praticamente, todos os personagens. Pensar em Elijah como só mais um personagem secundário da série, na minha opinião, é o maior erro que um telespectador da mesma pode cometer.

O cara deu uma movimentada na trama como nenhum personagem 'convidado' antes havia dado. Pra mim, não houve nada melhor do que Elena tomando atitudes de uma pessoa adulta e, expertamente, """matando""" Elijah.

Outro destaque do episódio foi Jenna. Gosto bastante da personagem e da atriz, mas ela, convenhamos, andava um pouco sumida da série. Legal ela voltar com tudo também. John, no entanto, continua sendo a pedra no sapato de todos. Não há como, pelo menos pra mim, não torcer contra o personagem.

Os lobisomens, assim como a parte teen da série, não tiveram lugar neste episódio. Os flashbacks, porém, estavam presentes, dando-nos o ar da graça. E o final do episódio deixou todos boquiabertos. Ótimo cliffhanger para a semana que vem.

Por: João Paulo

Hellcats, 1x15. "God Must Have My Fortune Laid Away"

Por que não me avisaram que era hoje o final de temporada?


Não, não foi ruim. Exatamente o contrário, o episódio foi ótimo mas encerrou o que parecia ser o mais interessante da série atualmente. Os últimos episódios tiraram um pouco do clima Malhação da coisa. Dan deve voltar, e espera-se que a confusão que irá criar seja suficiente pra manter a série. O que parece ser um pouco difícil, já que está  tudo ótimo sem ele. Jake se entregou, Bill Marsh caiu, o futebol e as Hellcats continuam fortes e Travis está livre. E agora? Agora teremos as Nacionais e o triângulo amoroso Savannah-Marti-Dan.

A ligação da festa com a queda gloriosa do império romano com a possível queda das Hellcats foi bem pensada. Certa hora pensei que aquele seria mesmo o fim de Lancer University. Jake era muito autosuficiente pra cair sozinho, e se não fosse Alice, o fim seria diferente. No final, ele saiu quase como um herói e está preso num quarto de hotel praticamente.

Savannah numa dúvida cruel entre o carpe diem e o se desesperar foi pra se pensar também. O difícil é entender como ela quer viver o momento, se desgarrar e fica presa ao amor que machuca de Dan. Ela gostou de Keith, o bombeiro, mas o dispensou por alguém que gosta de outra (sua melhor amiga, pra piorar) e a traiu. Que complicação.

Os produtores e roteiristas devem ficar muito atentos ao que vão preparar agora neste prováveis últimos 7 episódios. É a chance de continuar fugindo do caminho da futilidade em que Hellcats apareceu e se desviou. As polaridades de cada personagem, dramas profundos e principalmente histórias bem contadas podem salvar. Caso contrário, é partir pro esquecimento geral.



Por: João Pedro Ferreira

Being Human, 1x05. "The End of the World as We Knew it"

Descobrir a verdade pode ser também o fim do mundo.


Damos graças por a série conseguir no mínimo manter o nível da semana passada. E The End of the World as We Knew it foi bem do tipo de episódio de "revelações" mesmo. Interessante.

Havia um buraco na história de Josh. Como ele havia se tornado um lobisomem? Isso nos foi apresentado de uma forma que pede uma certa solidariedade com a personagem. Pense comigo. Como é triste ele ter que largar sua noiva, família e amigos por um negócio que ele jamais quis, que só trás problemas. E ainda por cima, quem fez isso com ele aparece pra querer "caçar junto"? Difícil. Josh tem todo direito de não aceitar sua condição e lutar contra.

E como lidar quando a pessoa que você mais ama comete algo terrível com você? Fiquei chocado que Danny, que nos foi apresentado com uma pessoa simpática e carinhosa, possa ter feito isso com Sally. Seu ciúme temperamental passou dos limites. E não assumir o que fez, uma atitude muito difícil de se fazer, só o piora diante de nossos olhos. Resta saber o que Sally deve fazer pra encontrar a paz. E se ela deixará a amiga com a pessoa que a matou.

A questão de vida e morte mexe com o ser-humano. Ser imortal é um sonho pra muitos, ou talvez poder aproveitar mais um pouco o que lhe foi retirado tão cedo. O episódio apresentou um padre que para justificar seus atos tentou colocar sua religião e divindade, numa insanidade total, cega. Bishop, claro, não se importa com isso, e assim como Ray, apenas quer que a raça de superiores seres não-humanos, o seu grupo, domine um dia. Não funciona assim.

Ser humano, ou tentar ser, é uma tarefa nada fácil. E são essas questões que trazem os problemas das personagens até nós que volta a fazer a série algo interessante. É um bom caminho para percorrer.


Por: João Pedro Ferreira

Parenthood, 2x16. "Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs"

"O incrível Andy é... incrível" - Adam

Os EUA vem produzindo uma gama tão grande de dramas nos últimos anos que, mesmo alguns sendo incrivelmente horrendos, é difícil conseguir criar uma classificação para o melhor de todos. Normalmente conseguimos, no máximo, pensar nos 10 melhores e, sempre um deles estando num grande momento ficando no topo da lista.

Basicamente a vez é de Parenthood. Uma série profunda, dramática, bem humorada, com uma visão ampla sobre, não apenas dramas familiares, mas dramas humanos. É impossível assistir a série sem refletir, sem se enxergar inserido em praticamente todos os plots. É bem verdade que a produção não foge do maniqueísmo, mas o retrata com qualidade que impressiona, com leveza, mas riqueza de reflexões através do texto e das situações.

Assistir esta produção da NBC sempre foi muito bom, mas no atual momento tem sido um prazer e, mais do que fãs de séries, tem sido um aprendizado para todos os seres humanos. "Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs" deu uma verdadeira aula sobre relacionamentos, sobre conflitos internos, dúvidas e, principalmente, sobre dependência.

A máxima "ninguém é uma ilha" foi verdadeiramente aplicada neste episódio. A começar pela espetacular festa que Adam e Kristina deram para Max. É sempre tão bom ver plot deste menino, sem dúvida nenhuma, um dos personagens mais complexos dos últimos anos no universo das séries, mas este especialmente foi aprofundado com a ideia da festa com uma apresentação sobre o mundo dos insetos. Andy - vivido pelo brilhante Michael Emerson que arrasou no papel - é um adulto que trabalha justamente neste tipo de apresentação e tem Aspeger, a mesma doença de Max, ou seja, ele acabou sendo a representação do menino adulto e foi muito lindo de ver. Realmente valeu a pena.

E eu que esperei tanto para ver a história de Drew se desenrolar acabei me decepcionando, não pelo plot em si que foi muito bem amarrado, mas por perceber que ele é um idiota e tem muito mais do pai do que de Sarah, uma verdadeira heroína por ter sobrevivido e conseguido criar dois filhos com um sujeito babaca como aquele. Pena que Drew enxerga muito mais o pai com suas qualidades do que como ele realmente é. Sorry, Drew, não concordo que seu pai preste, ao contrário, longe disso, ele não presta mesmo.

Júlia e Joel foram o bom humor do episódio. Eles trabalharam muito bem e com uma sintonia impressionante, conseguiram arrancar ótimas risadas do telespectador com a ideia de só poderem transarem no momento exato em que Júlia estivesse ovulando para que ela conseguisse engravidar. Todas as situações do casal, sem exceção, foram extremamente divertidas.

Por fim Crosby e Jasmine que não conseguem se acertar. Crosby continua sendo o infantil da história e já voltou a me irritar. Não gostei, e provavelmente não sou o único, de vê-lo com Gaby. A moça, além de tudo, sempre foi responsável e não merece uma relação com um molecote como ele, Jasmine com certeza também irá sofrer muito.

Não é tarefa fácil assistir Parenthood. A série exige muito dos telespectadores e obriga todos a pensarem e repensarem sua própria vida e seus próprios relacionamentos, tarefa que acaba sendo árdua porque nos enxergamos ali e percebemos que também cometemos inúmeros erros. É por isso tudo que Parenthood é fácil o melhor drama atual em exibição nos EUA.



Por Daniel César

Hawaii Five-0, 1x17. "Powa Maka Moana"

Venha passar suas férias no Hawaii! Ou não.


Hawaii Five-0 chegou em um momento onde é muito difícil falar algo ruim sobre a série. Tem apresentado episódios fenomenais, cheios de ação e emoção. Incrível. A CBS mais que acertou em produzir este remake, que não está envergonhando em nada a primeira versão de grande sucesso. É uma pena saber que já estamos no 17º episódio e logo chega o fim de temporada e ficaremos meses sem nossas semanais aventuras pela paradisíaca Honolulu.

O elenco da série está redondo, funcionando perfeitamente. Kono mais uma vez se mostra, mesmo que pouco, ótima em parceria com Chin. Que golpe sensacional ela deu no barman, não?

A cena com Danno e Steve na loja de produtos roubadas foi divertidíssima. Danno não acreditando na ação de Steve em colocar uma granada pra explodir a porta da loja e depois saindo claro, xingando o companheiro de descontrolado foi sensacional.

A construção do caso também foi boa. Primeiro achei que o pai de Justin estava por trás de tudo, mas não, coitado, ele ainda acabou com o filho morto por desobedecer o Five-0. Aí depois me dizem que Susan está envolvida? Nem lembrava mais da existência dela naquela altura do episódio. Com Hawaii Five-0 nenhum detalhe é avulso. Isso é ótimo. E o golpe que Steve deu nos bandidos foi perfeito, e o que tentou fugir, bem, vocês viram o final dele. Mais um episódio perfeito.

E você concorda comigo? Se você gosta de Hawaii Five-0, amanhã você terá a chance de votar no TVxSéries Awards e premiar a série nas categorias Melhor Série Nova Dramática e Melhor Ator Coadjuvante em Série Dramática. Fique de olho!



Por: João Pedro Ferreira

Supernatural, 6x14. "Manequin 3: The Reckoning"

"Então temos um fantasma dando uma de... Chucky?" - Dean

O que acontece quando uma emissora transforma uma de suas séries favoritas numa bela porcaria e todo desânimo em assistir toma conta de você? É difícil decidir se devemos continuar ou abandonar a produção, tentando simplesmente manter a boa lembrança da época em que gastávamos horas de expectativa aguardando a legenda e assistíamos com prazer.

Dizer isso de Supernatural é extremamente doloroso, mas um retrato fiel da verdade. A 6ª temporada não consegue se acertar e muito menos conduzir para uma história que chame a atenção, principalmente porque são duas histórias paralelas andando em direções completamente opostas, sem contudo ter a agilidade que a série sempre apresentou.

Além disso, os plots semanais estão cada vez mais irritantes e sem nexo, não lembrando nem de longe a criativa produção que nos acostumamos. "Manequin 3: The Reckoning" foi exatamente isso. Disparado o pior episódio de Supernatural, o foco principal tratou de um espírito vingativo que se apossava de manequins, no melhor estilo Chucky para se vingar dos responsáveis por sua morte.

Como se não bastasse essa bobagem sem fim, ainda fomos obrigados a aguentar Sam sem lembranças do inferno e ainda dando zilhões de sermões em Dean por conta da preocupação do irmão, tudo muito chato. A única coisa que salvou o episódio foi os conflitos de Dean, a presença dele na casa de Liza a pedido de Ben e o sensacional diálogo entre ele e Ben. Aliás, o menino adora o ex-padrasto e sonha em ser como ele, está claro isso.

Por fim, em meio a tantas bobagens, ainda ter que encarar o tal espírito vingativo não desaparecer quando Sam queimou seus ossos simplesmente porque, em vida, a moça havia doado um rim para a irmã mais nova e estava "apegado" a ele. Incrível, não? Deprimente, na verdade. E, óbvio, para fechar com chave de ouro, o espírito tomou conta do carro dos irmãos Winchester e a vontade de vomitar assistindo o episódio tomou conta de mim.

Pena que Supernatural caminhe para se tornar uma série deprimente e que não tenha a coragem e a decência de fechar o ciclo para que os fãs tenham boas recordações.



Por Daniel César

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vem aí: Body of Proof

She was driven by success. Until an accident killed her career.
Ela era uma neurocirurgiã de renome. Ela sofreu um terrível acidente de carro. Ela é obrigada a abandonar a antiga vida. Ela, agora, segue a carreira de médica legista. Prazer, Dra Megan Hurt.


Você também acha que um cadáver é a maior evidência de um crime? Pois é. Querendo ou não, todos nós temos um certo interesse por esse tipo de coisa. Uns mais, outros menos. O que importa é que, definitivamente, produções que giram em torno de investigações policiais não cansam de aparecer, afinal, o público também não cansa delas. Todos anos, vários shows seguindo à risca esse perfil surgem em nossas vidas. Uns se destacam bastante, na maioria das vezes por se mostrarem um tanto quanto inovadores, outros passam batidos e não chamam tanta atenção, por apostarem na fórmula mais do mesmo sem nenhum plus.

Body Of Proof estreará quase um ano após o seu anúncio no up-front passado da ABC. Dana Delany é a estrela do show. Para quem não conhece, a atriz atuou durante três temporadas ao lado das donas-de-casa desesperadas, no mesmo canal da sua atual série. Nascida em 1956, a carreira de Dana não é das mais conhecidas, tendo ela papéis pequenos em diversos filmes e séries. Além de Desperate Housewives, ela também já participou da cultuada The L Word, em 2006. Mesmo assim, Dana Delany não deixa de ser uma profissional mais do que competente, e, a julgar pelos promos, ela promete se destacar em Body Of Proof. Por muitos, a série vem sendo apontada, antecipadamente, como uma versão feminina da aclamadíssima House M.D., que todos devem conhecer.

Na história, a vida de Megan Hurt vira de cabeça para baixo após a doutora, que antes era neurocirurgiã, se envolver em um drástico acidente. Com isso, ela não pode mais voltar aos consultórios e salas de cirurgias por causas das sequelas que ficaram, colocando, portanto, a vida dos pacientes em risco. Na verdade, o acidente foi fruto de uma série de outros problemas (seu divórcio não muito amigável, a perda da guarda de sua única filha, a morte de um paciente por causa de seus problemas pessoais, etc).

Porém, como a reputação de Megan no cenário médico é excepcional, ela não fica muito tempo desempregada. Na Filadélfia, ela aceita um emprego de médica legista, e quanto a isso não há problema, pois parte-se da máxima de que “não é possível matar quem já morreu”. Entretanto, o temperamento de Megan Hurt não é fácil, e isso acaba deixando a doutora com uma reputação muito negativa. Apesar de cobrar atitudes mais amenas e calmas dela, o seu chefe acaba lhe protegendo e, assim, ela se mantém no emprego. Toda a equipe da agora legista, porém, apoia as atitudes dela e, mais ainda, a aceita como ela é.

A ABC já divulgou diversos promos da série, mas, na minha opinião, o que mais se destaca é o que será postado abaixo, da FOX LIFE. Nos Estados Unidos, Body of Proof estreará no dia 29 de março, um terça-feira, ocupando, assim, o horário da policial Detroit 1-8-7.



Por: João Paulo

Smallville, 10x14. "Masquerade"

“O Borrão não será o disfarce, Lois. Clark Kent será a máscara” - Clark


Temo dizer isso, mas não tem jeito. O episódio desta semana de Smallville foi bem desinteressante, viu? Apesar de ter gostado da dinâmica dos personagens, achei a trama principal do mesmo muito fraca, sem um apoio bom o bastante. No entanto, nada que atrapalhe o andamento desta reta final da série.

Honestamente, não fiquei triste pelo episódio. Ele apenas foi meio que indiferente. Um que não faz falta, sabe? Óbvio que Chloe deve ser levada em conta, afinal, mesmo em meio a uma trama chata, a personagem se destacou.

Como disse, a dinâmica de “Masquerade” foi bem interessante. Principalmente a de Lois e de Clark. A interação deles foi ótima. Realmente, um ponto positivo para esse 14º episódio da temporada.

Oliver e Chloe também tiveram cenas bem bacanas, mesmo envoltos num plot totalmente vago e sem sentido. Um pena, de verdade. A essa altura do campeonato, algo assim não é muito legal, né? Mas nós perdoamos.

De qualquer jeito, o episódio teve lá os seus méritos - o lance da máscara do Clark, por exemplo -, mas não foi, definitivamente, um dos mais inspirados. Mesmo assim, não vamos desanimar. Semana que vem tem um episódio que promete ser bem interessante. Vamos aguardar.

*Smallville, pra você, é a série da década ou a melhor série de sci-fi/fantasia do momento? Pois então aguarde para votar na mesma no TVxSéries. Fique ligado!

Por: João Paulo

Modern Family, 2x15. "Princess Party"

"O que é isso? Um Urso? Pelo amor de Deus, eu já estava correndo para pegar um crucifixo" - Jay

Quando determinado produto dramatúrgico atinge o sucesso esperado, todos os olhos passam a vê-lo de forma diferente. Uma série consagrada tem uma crítica muito mais ávida por novidades, inovações e criatividade sempre em alta. Este tipo de atitude sempre, ou quase sempre, prejudica o bom andamento desta série que passa a ficar rotulada.

Temos visto muito disso nesta segunda temporada de Modern Family que, para alguns críticos, perdeu um pouco da essência da primeira temporada e, conseqüentemente, acabou tendo uma significante perda de qualidade. Não é verdade, a série continua sendo o que ela sempre foi, uma espetacular crítica bem humorada e criativa sobre os relacionamentos familiares, a diferença é que agora, os olhos do mundo todo estão voltados para ela.

A criatividade está sempre em alta em Modern Family, e não foi diferente em "Princess Party", um episódio leve, mas nem por isso menos crítico e que conseguiu criar elementos muito interessantes e, finalmente, unir toda a família novamente em torno de um único evento, o que dá um charme ainda maior.

Goste muito, muito mesmo de Claire. Finalmente a atriz voltou a encontrar o tom nervoso, histérico, quase desumano que a consagrou em alguns episódios. O plot dela jantando com sua família, sua mãe e um ex-namorado da época que tinha 17 anos foi hilário. Todas as inconfidências ditas à mesa, na frente de Luke, Haley e Alex foram interessantes e desestruturam bastante Claire.

Glória e Jay, novamente hilários. Jay demorou muito para encontrar o tom de humor sem fugir do papel sério e centrado que sempre o coube. A cena do casal tentando gravar a voz na secretária eletrônica foi uma das melhores coisas do episódio. Glória mudando a voz na gravação para o livro de Lilly estava impecável, enfim, tudo funcionou neste plot.

Confesso que Mitchell e Cam estiveram um pouco abaixo do restante do elenco. A história de Cam querendo ser, de novo, o palhaçõ Frizbo já cansou um pouco, mesmo que o ator faça muito bem a condução do papel. Eu ri mesmo foi do ataque que Cam teve com a princesa, a idéia foi muito bem aproveitada.

Por fim, o melhor do episódio realmente ficou para o fim com a mãe de Claire mostrando a raiva que sente por Glória e que suas atitudes todas se baseiam no intenso ciúmes dela. Glória bêbada, Claire tendo ataque, Mitchell com medo, Phill sempre tapando a boca de alguém, enfim, tudo funcionou e transformou a festa no que Modern Family faz de melhor, engraçada. Ótimo episódio.



Por Daniel César

Mike & Molly, 1x16. "First Valentine's Day"

"Como você descobriu que seu ex era gay? O pegou cheirando suas calcinhas ou ele disse: 'Ei cara, eu queria muito que você tivesse um pinto'?" - Vincent

Cada produto de Televisão tem sua própria realidade, brincando um pouco com a excepcional Fringe, é como se existissem diversos universos paralelos e, cada série fosse dona de um deles. A realidade do universo destas produções nem sempre, ou quase nunca, são compatíveis com o mundo real, mas este é o grande charme.

Mike & Molly fez uma aposta correta em ser uma sitcom muito mais clássica do que invadindo o caminho do humor pastelão ou piadas infames sobre gordos. Mesmo que a premissa da série seja justamente o relacionamento entre pessoas acima do peso, o foco das piadas nunca é este e, mesmo quando é, tudo é feito com muita inteligência e bom senso.

Foi o que se viu em "First Valentine's Day", um episódio delicioso em que, novamente, o principal destaque foi o texto. A série está encontrando o tom correto para que seu texto seja aproveitado na essência e assim o telespectador possa se deliciar com as frases de efeito muito bem empregadas por um elenco cada vez mais afinado.

Ainda que o tema do episódio, o primeiro Dia dos Namorados do casal, tenha sido ótimo e que as situações foram muito bem trabalhadas, nada supera os diálogos, a agilidade, as citações clássicas e até as críticas. Ver Mike tentando preparar uma noite inesquecível para seu amor foi ótimo, mas me deliciei mesmo foi com sua reação ao saber que Molly já foi noiva e quase se casou - e com um confeiteiro.

Enquanto isso, Victoria novamente se destacou por seu texto. Todas as suas frases de cunho sexual estavam bem empregadas e muito divertida. Quando ela disse que o namorado não gosta de cachorros e, por isso, eles nunca transaram num canil, sempre dito com a carinha angelical de sempre, foi espetacular. Espetacular também foi a discussão de Mike e Molly, e ele, como sempre, agindo como uma criança.

Adorei saber que o ex-noivo de Molly era gay, principalmente da forma como nos foi dito. Vincent estava realmente inspirado em seu diálogo com a enteada e produziu não apenas a frase em destaque neste texto, mas muitas outras realmente geniais. O que mostra que todos os personagens da série estão muito bem e com um espaço interessante.

E, para finalizar com chave de ouro, quando o casal fez as pazes, o fim da noite foi fofa e muito divertida com os dois num romântico passeio da carruagem, num frio infeliz, muita neve, champanhe congelada e eles quase morrendo de tanto frio. Sensacional.



Por Daniel César

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Shameless, 1x06. "Facts Cannot Be Racist"

Todos é fã de Carl.


Shameless vem, semana após semana, caminhando com uma trama que está cada mais sólida e que também se destaca cada vez mais. Legal notar que, mesmo tendo bastantes personagens, o seriado consegue aproveitar bem o seu tempo, dando espaço para todos e fazendo com que os 40/50 minutos de programa rendam o máximo que podem render. Podemos dizer que, na trama, cada personagem tem a sua história própria e, nas cenas familiares, todas essas várias tramas se encontram e formam uma só, o que deixa tudo melhor ainda. Dito isso, chega de papo furado e vamos às observações acerca de “Facts Cannot Be Racist”, o episódio desta semana.

Pois bem. Ver a família unida em prol de alguma coisa já é tradição de todo episódio. Desta vez, vimos grande parte dos Gallagher’s envolvidos em torno de Carl, que acabou sendo o grande destaque de “Facts Cannot Be Racist”. Que o menino não é santo, todos nós sabemos. Basta percebermos todas as artimanhas que o garoto apronta em casa. Ficamos sabendo, porém, que na escola ele é pior ainda. Como disse o diretor do colégio, Carl o faz acreditar na existência do Satanás. Aliás, quem não conhece um criança assim, não é mesmo? Diante desse comportamento de Carl, não há jeito, o pai da criança deveria se dirigir à escola para ter uma conversa com os diretores. Mas é aí que está o problema.

Todos nós sabemos que Frank é o pai mais ausente do universo e quem toma conta das crianças é Fiona, que não é a guardiã legal dos mesmos e, portanto, não pode responder pelo menino no colégio. Por causa da ausência de um pai, Carl corre o risco de ir pra adoção. Mas óbvio que isso não iria se concretizar. É aí que a união dos Gallagher’s entra. E num plano meio maluco que acabou contando com a intromissão de Steve, a coisa se acerta e o menino, em casa, pode respirar em paz.

Enquanto isso, Sheila lutava contra a sua fobia. Essa história é, sem dúvidas, a mais nonsense da série, mas nem por isso deixa de ser atraente, claro. Em um primeiro momento, eu não gostei muito da personagem e achei-a muito forçada, sem graça. Agora, no entanto, começo a ir com a cara de Sheila. Não pelo caso dela com Frank, que ainda não me agrada tanto (apesar de já me agradar mais do que antes), mas sim pelo núcleo dela como um todo, que, digamos, serve como um plus à série, que não se concentra somente na família Gallagher, e isso deixa Shameless ainda mais completa.

Os plots de Ian e Lip foram bem bacanas, mas nada que mereça comentários maiores. Teve também a storyline de Frank, que ainda durará mais alguns episódios, podem ter certeza. Por fim, digo que me enganei totalmente ao pensar, na semana passada, que dariam uma “continuidade” à história de Marti, irmão de Veronica (que, por sinal, nem apareceu no episódio). Pois bem, ao que parece, encerraram a trama naquela cena dele acendendo o fogo no banheiro enquanto estava enrolado no papel higiênico. Vou ser teimoso e insistir que ele ainda voltará e aprontará mais algumas.

Enfim, mais um ótimo episódio de Shameless: na medida certa, completo, cujo tempo foi bem aproveitado. Do jeito que nós gostamos e nos acostumamos. Se continuar assim, fechará uma temporada acima de qualquer expectativa e excelente. Com boa audiência (para os índices da emissora na qual é exibida, a Showtime), o seriado deverá ser renovado. Todos nós torcemos.

*Shameless US, na sua opinião, é a melhor nova série humorística? Então vote, em breve, no TVxSéries Awards.

Por: João Paulo

The Big Bang Theory, 4x16. "The Cohabitation Formulation"


The Big Bang Theory, todo mundo sabe, não vem fazendo uma temporada muito exemplar. A quantidade de episódios que são, realmente, bons está cada vez diminuindo mais, e o sinal vermelho em relação à série já está aceso. “The Cohabitation Formulation” não foi um episódio muito interessante, porém, deu para dar um gargalhadas enquanto se assistia ao mesmo.

Bernadette deixou Howard contra a parede e mandou-o escolher entre ela e a mãe dele. Porém, a moça não sabia quão apegado com a mãe ele era. Óbvio que Bernadette não conseguiria cumprir, para o namorado, o mesmo papel que a mãe prestava. Afinal, ele já é bem grandinho, sabe ir ao dentista sozinho e não precisa comemorar se não tiver cáries.

Raj está sendo muito mal aproveitado na trama. Sempre gostei do personagem, mas, nos últimos episódios, ele tem se prestado a papeis tão chatos que chegam a colocar a boa imagem do personagem em xeque. Nesta semana ele passou o episódio todo de cara emburrada com ciúmes da irmã, que, mais uma vez, estava se relacionando com Leonard.

Esse relacionamento de Leonard mexeu de alguma maneira com Penny, mesmo que ela não admitisse isso. Amy não é boba e percebeu logo. Rapidamente, foi visitar a BFF para consolá-la. No começo, Penny mostrou-se uma pedra. Mas, depois, não teve pra ninguém e a moça foi às lágrimas.

Sheldon, por sua vez, não teve nenhum plot específico no episódio, porém, esteve mais presente do que qualquer outro. Com suas tiradas rápidas e engraçadas, o nerd, em muitos momentos, simplesmente roubou a cena.

Definitivamente, uma ou duas histórias interessantes não sustentam um episódio de uma série como The Big Bang Theory. O seriado deve e pode fazer mais.

*The Big Bang Theory, Jim Parsons e Kaley Cuoco concorrem ao TVxSéries Awards. Fiquem ligados porque as votações começam em breve.

Por: João Paulo