"Você também acha que as brasileiras são as mulheres mais gostosas do mundo?" - Sam
Mesmo fazendo muito tempo, é impossível esquecer que Undercovers, apesar de ter sido escrita pelo brilhante JJ Abrams, nunca engrenou. Sempre com episódios arrastados, confusos, nem de longe lembrava Alias, a melhor série de espionagem que os EUA já viram e do mesmo criador.
Porém, "Assassin" foi bem mais interessante que a maioria dos episódios da série. E nem é porque praticamente metade do episódio se passou no Brasil, no Rio de Janeiro para ser mais exato. O roteiro é que foi interessante. Afinal, a dupla salvar o presidente eleito do Peru que estava marcado para morrer, por si só já é interessante.
Toda a construção narrativa foi bem feita e a execução desta vez também não falhou. O roteiro era instigante e fez com que o público quisesse acompanhar todo o episódio, o que raramente acontecia na série. O ponto baixo do episódio foi justamente o período em que Sam, Stevie, Hoyt e Leo estiveram no Rio de Janeiro. A começar pelo figurino ridículo, como se no Rio as pessoas só andassem seminuas o tempo todo, muito mal pensado. Mas o problema maior foi na língua. Eu prefiro que as personagens falem inglês do que tentar falar na língua materna cometendo erros. Sam tentando se passar pro brasileira e até os figurantes que deveriam ser brasileiros falavam um português que beirava o ridículo, palavras decoradas e ditas lentamente para não saírem errado. Ridículo.
Porém, todo o envolvimento de Sam para salvar a vida do presidente peruano e todo seu esforço para descobrir quem era o mandante do crime e, óbvio, na América do Sul, só poderia ser alguém de uma empresa de óleo, foi fascinante. Pela primeira vez vimos o trio envolvido em algo e envolvidos emocionalmente. Gostei.
Nem de longe o episódio de Undercovers pode ser taxado como ótimo, mas para uma série tão ruim, até que foi interessante.
☺☺☺
Por Daniel César
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