terça-feira, 2 de novembro de 2010

Boadwalk Empire, 1x07. "Home"

“Maldita torradeira. Me custou 9 dólares e ele nunca a usou” – Nucky

Boardwalk Empire é como uma obra de arte. Difícil compreendê-la devido a seus inúmeros meandros, mas quando se faz um esforço e a compreensão vem, descobre-se um sem número de detalhes, de toque de criatividade do autor e o êxtase passa a ser maior do público do que propriamente de quem faz a obra.

A cada episódio novo, a cada nova cena, os produtores e toda a equipe elevam a série a um patamar que poucas vezes se viu na TV mundial. Boardwalk Empire é, até aqui, disparada a melhor produção de séries já realizada. É melhor que The Sopranos? Muito. É melhor que Mad Men? Incomparavelmente.

Em “Home” tivemos uma amostra disso em 52 minutos de obra-prima no que diz respeito a produção de teledramaturgia. Todos os elementos para se realizar um grande trabalho estiveram presentes neste sétimo episódio, sem esquecer-se de um único detalhe. Vimo Nucky sendo recolocado em sua infância, quando seu pai sofre uma queda em casa e precisa de ajuda. Nucky volta a casa onde foi criado na infância e tão maltratado pelo pai, como acabamos por descobrir ao longo do episódio.

É incrível como roteiristas e diretores transformaram Enoch Thompsom em um personagem carismático que, muito longe de ser santo, produz grande empatia no público. Sua infância sofrida, explicada em “Home” foi como uma justificativa para ele ser quem é. E ainda assim, vimos que ele pode ser um grande homem, como foi com Margaret e seus dois filhos, cuidadoso, afetuoso e carinhos.

Margaret que, aliás, vem descobrindo como é dura a vida de amante. Tendo que pisar em ovos, a cada evento, a cada visita, ela descobre um novo método para tratar seu adorado homem de negócios. Negócios esses que se tornam cada dia mais perigosos, pois a máfia de Nova Iorque parece bem articulada para se vingar de Nucky e invadir Atlantic City através de Lucciano. Essa eu quero ver.

Na outra ponta deste iceberg genial que é Boardwalk Empire temos Jimmy numa experiência nova. Sua dor nas pernas o levou a conhecer um misterioso herói de guerra no hospital. A caracterização do personagem com o rosto desfigurado na guerra foi espetacular. E a cena em que Jimmy tem um diálogo metafórico com o capanga que matou sua amada prostituta foi de tirar o fôlego. Em seguida, o novo amigo desfigurado e ás com uma arma, atira de muito longe e mata o bandido. Genial a cena toda, inclusive a trilha sonora. Trilha sonora, aliás, que é outro ponto positivo nesta série.

A cena final em que Nucky não resiste ver a casa do pai reformada e com tantas lembranças horríveis de sua infância e, por isso, ele decide incendiá-la, como se estivesse apagando seu passado foi cheia de significados e fechou com chave de ouro o melhor episódio da temporada.


Por Daniel César

1 comentários:

Anonymous disse...

eu so naum entendo essas frases q vc coloca d subtitulo. sao totalmentes dispensaveis. mais o texto em si eh mto bom

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