quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

V, 2x02. "Serpent's Tooth"

"Se a alma existe, encontrarei um jeito de destruí-la" - Anna

Desde que surgiu como a série badalada que poderia ser uma das prováveis substitutas do fenômeno Lost, ainda em 2009, V parecia que tinha um caminho árduo pela frente. Ser comparada a Lost antes da estreia não é tarefa fácil e, mais difícil ainda, é carregar em seus ombros o estigma de ser um remake de uma série de sucesso dos anos 80, principalmente num período em que a TV aposta na tecnologia.

A primeira temporada da série ficou muito abaixo das expectativas para a crítica, apesar dela ser muito interessante de se assistir. Todos sabiam que não se podia exigir muito do produto logo nos primeiros episódios e, se qualquer pessoa visse como apenas 40 minutos de lazer sem críticas semanalmente poderia aproveitar bastante.

Após a estreia muito interessante da segunda temporada, "Serpent's Tooth" meio que tirou a esperança do telespectador de poder assistir a uma temporada interessante e com diversos caminhos que poderiam ser trilhados, além de muita ação. O episódio foi frustrante, ainda mais porque veio seguido do melhor episódio da série.

Nada funcionou ali. Saber que a agente Malik trabalha para os V já se tornou chato, afinal, sempre que Anna e sua corja se encontram em apuros ou precisam de alguma informação, surge um infiltrado saído dos confins da Terra para ajudá-los. Esse papel de enganar o telespectador já deu e mostra pura falta de alternativa de um roteiro que está cansando.

A idéia dos ataques terroristas então beira o ridículo. A Quinta Categoria foi mostrada desde a primeira temporada como uma organização inteligente e que conhecia muito sobre os V, tanto que chegaram a assustar Anna. Aí, eles são imbecis a ponto de criarem atentados terroristas que, obviamente, somente atingem humanos? Patético.

Mas o pior, sem dúvida, foi a discussão - paralela - sobre a alma humana. Se em Lost algumas pessoas se frustraram porque o poder que vencia o mal era o amor, em V a estratégia de que a força do ser humano que impede os V's de se misturarem é a alma definitivamente não funcionou. Uma série que deveria apresentar embates, ficção científica, se prende a uma discussão quase teológica que nem mesmo cientistas renomados conseguem entrar em acordo. Chato demais querer fazer-nos acreditar que Anna conseguiu recrutar Ryan porque ele tem sentimentos humanos, logo tem uma alma e que, com ele de volta, ela poderá estudar a alma e saber como destruí-la.

Infelizmente nada funcionou no segundo episódio da segunda temporada de V. Um episódio dos mais fracos e que, pior, levou a série por um caminho perigo, num debate que provavelmente não vai interessar o público e muito menos dar a chance de vermos cenas realmente interessantes.



Por Daniel César

2 comentários:

@jupabelmok disse...

Eu também odiei o episódio!
As únicas partes que prestaram foram as cenas da Anna!

João Pedro disse...

"Se em Lost algumas pessoas se frustraram porque o poder que vencia o mal era o amor": Os Mutantes - Caminhos do Coração.
Eu daria três estrelas não achei horrível mas também não achei ótimo. O negócio da alma pareceu tosco mesmo, mas deu a entender que a Anna acha que a ciência pode saber de tudo, o que não é, e foi diva a mãe dela falando que ela teria o mesmo fim com a filha dela dando o golpe. E Joshua? Será que ele está fingindo e bloquando as memórias?

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