quarta-feira, 9 de março de 2011

Parenthood, 2x18. "Qualities and Dificulties"

"Você é um excelente pai" - Kristina

Já faz algum tempo que eu venho falando aqui que Parenthood é o melhor drama em exibição na TV americana. A cada novo episódio exibido essa convicção só aumenta. É muito difícil mesclar drama, humor, relacionamentos humanos e familiares na dose certa, conseguindo fugir do maniqueísmo evidente e, o que é ainda mais difícil, sem ficar piegas em nenhum momento.

A segunda temporada da série tem conseguido unir todos estes elementos, além de provar que o elenco é da melhor qualidade e muito bem dirigido. A liderança na audiência em algumas semanas pela verificação do demo 18/49 comprova que o produto vem sendo aprovado, tanto que, após séria ameaça de cancelamento, a série está com a 3ª temporada praticamente garantida.

"Qualities and Dificulties" não manteve o nível dos 04 últimos episódios, é bem verdade, mas ainda assim, conseguiu ser um episódio extraordinário e muito eficaz em sua proposta. Iniciando-se exatamente do ponto em que o episódio anterior terminou, com Max descobrindo ser vítima de Asperger, o episódio se focou no menino e, como sempre, não decepcionou.

Não imagino como deve ser para os pais contar a um filho tão novo sobre uma doença tão complexa e complicada quanto Asperger e, confesso, me emocionei bastante por todo o episódio com a postura de Kristina, mas principalmente de Adam. O pai desesperado por ver seu filho bem, desafiando o médico, desafiando a rotina criada e tentando fazer seu filho ver que não é limitado, mas enxergando de perto as limitações que a síndrome traz, foi de partir o coração. Assim como ver Kristina lutando para não chorar diante do filho também o foi.

O plot de Crosby já começa a me irritar profundamente. Se o rapaz havia me conquistado na segunda temporada com o amadurecimento, ele voltou a ser o mesmo babaca de sempre. Não venho me identificando em nada com a história dele e, pra falar a verdade, já acho até que o jovem está perdendo a função na série. Gosto de Jasmine e do filho dele, mas essa insistência em resolver tudo rapidamente por parte do Crosby, essa ansiedade e falta de consciência me irrita profundamente.

Julia e Joel continuam bastante separados do resto da história. Mas confesso que achei fofa a delicadeza que ela teve em perder sua noite de amor com o marido para consolar Jasmine. E também achei linda, cafona, mas linda, a declaração de Joel para ela sobre nunca a trair. É emocionante ver um casal que passou por tantas dificuldades ter a consciência de fidelidade.

Sarah, ah Sarah! Minha personagem favorita segue roubando a cena. Agora como uma escritora de peças, quer identificação maior que essa? Gosto muito de Sarah porque, apesar da vida não ter tido piedade dela, suas atitudes equivocadas, usar o sentimento ao invés do cérebro nas decisões, tudo prejudicou tanto a mulher, mas ainda assim, ela segue uma sonhadora. Nada parece capaz de deter seus sonhos, sua alegria em viver e sua criatividade. Sarah não quer passar desapercebida pelo mundo e isso faz dela fascinante.

Parenthood tem sido uma válvula de escape para mim e creio que para outras pessoas também. A série faz com que nos enxergamos e, ao menos um pouco, percebemos que problemas familiares são uma constante e, mesmo problemas internos, não são exclusivamente nossos. Um presente para os fãs de séries.



Por Daniel César

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