terça-feira, 31 de agosto de 2010

30 Rock: Ator de Mad Men volta para a série

30 Rock é uma das comédias mais aclamadas da tv americana. Criada por Tina Fey, a série estreia, no dia 23 de setembro, sua 5a temporada. Já é de conhecimento de todos que um dos episódios do sitcom exibido em outubro será ao vivo. Ainda não se sabe a data. Mas um convidado especial já foi confirmado. E ele atende pelo nome de Jon Hamm. No ar atualmente como Don Draper, no drama Mad Men, Jon participou de 30 Rock no ano passado, interpretando o Dr. Drew Baird. Porém ele também já pôde ser visto em séries como Numb3rs, Gilmore Girls, Charmed e The Unit. Paul Giamatti (A Dama na Água, O Ilusionista, Planeta dos Macacos) também estará no tal episódio. Informações confirmadas pela própria Tina Fey em entrevista ao EW.

Por: João Paulo

Emmy 2010 - Opiniões

O Emmy 2010, como vocês todos sabem, aconteceu no último domingo, 29. Eu, João Paulo, e o colunista - que quase nunca posta nada aqui - Daniel César reunimos abaixo nossas opiniões sobre a entrega de prêmios mais importante da televisão mundial. Bom divertimento!

Melhor série dramática - Mad Men


Daniel César: Em um ano com a concorrência tão grande, Mad Men não chegou como favorita, principalmente porque o Emmy gosta muito de homenagens e esperava-se homenagear Lost pelo conjunto da obra. Mas todos são unânimes em afirmar que não é injusto, a série teve um ano excepcional.

João Paulo: Alguma surpresa Mad Men ter levado? Há três anos é assim. Torcia muito para The Good Wife – pelo conjunto da obra. Acho a série da AMC tão lenta... O elenco é bom, a fotografia é ótima e os cenários melhores ainda. Mas não anda! É aquilo ali e ponto.

Melhor série de comédia - Modern Family

Daniel César: Prêmio mais justo e que corrigiu o equívoco de 2009, quando a academia premiou a fraca Glee. Modern Family teve a melhor 1ª temporada de uma Sitcom desde muito tempo.

João Paulo: 30 Rock sempre ganha. Glee era a favorita. Modern Family ganhou. Talvez um dos resultados mais justos da noite. A série novata da ABC é genial em todos os sentidos e realmente funciona. E mesmo gostando muito de Glee, vou confessar que a série nem merecia estar entre as indicadas. Comédia não é bem o foco da série. Mas enfim...

Melhor ator de drama - Bryan Cranston

Daniel César: Novamente uma categoria com a concorrência acirrada. Prêmio não pode ser dado como injusto, pois Bryan é um grande ator e teve um ano excepcional. Porém, a maior justiça seria para Michael C. Hall em seu melhor ano como o sensacional Dexter.


Melhor atriz de drama - Kyra Sedgwick

Daniel César: Havia concorrência. A atriz já havia perdido em alguns anos, mas definitivamente em 2010, Kyra merecia o retorno triunfal. Ela sempre foi a dona de The Closer e dona atual da TNT por sua incrível performance como Brenda. A melhor atriz da TV mundial atualmente.

João Paulo: Deu Kyra Sedgwick, de The Closer. Não posso nem ousar dizer que ela não merecia, já que não assisto à série. Mas minha torcida - declarada, inclusive – era para Julianna Margulies. A ‘boa esposa’ tinha tudo para ser aquela protagonista chata e sem-sal, mas Julianna deixa a série ainda mais interessante e faz com que os 43 minutos do episódio passem voando. Todavia acho que só de ela ter sido indicada, já está ótimo! Mega-reconhecimento.

Melhor ator coadjuvante de drama - Aaron Paul

Daniel César: Esta foi injustiça. O trabalho de Terry O’Quinn na última temporada de Lost não poderia ter sido ignorado. Ele fez, de longe, o melhor trabalho entre todos os indicados e por isso merecia o prêmio.

Melhor ator de comédia - Jim Parsons

Daniel César: Uma surpresa. Depois de 666 anos consecutivos de vitória de Alec Baldwin, Jim Parsons conseguiu vencer uma. Não é injusto, mas também não seria injusto se Alec tivesse levado novamente.

João Paulo: Nunca assisti a Jim Parsons em The Big Bang Theory, mas se todos dizem que o prêmio foi justo, eu não vou contestar. Sem mais comentários porque uma categoria que simplesmente ignora Ed O’Neill não merece espaço neste blog.

Melhor atriz de comédia - Edie Falco

Daniel César: Outra surpresa. Principalmente porque Toni Colette estava na briga e vinha vencendo toda e qualquer premiação. E ainda havia Tina Fey, a maior vencedora recente do Emmy. Mas o trabalho de Edie Falco merecia ser brindado com o prêmio.

João Paulo: Nurse Jackie?! Se Edie Falco manda bem, eu não faço a mínima idéia, mas, oh, Tina Fey estava no meio, hein... E Lea Michele precisa crescer mais um pouquinho para levar um Emmy para casa, né? Ano que vem quem sabe.

Melhor ator coadjuvante de comédia - Eric Stonestreet

Daniel César: Aqui é um momento difícil. Modern Family iria levar este prêmio. Isto era inevitável. Bastava saber qual ator. Eric é genial e compôs muito bem seu personagem, mas o melhor trabalho na série foi de Ty Burrel que merecia bem mais a estatueta.

João Paulo: Eu não tinha um favorito nesta categoria. Era #TeamQualquerUmDeModernFamily. E deu Eric Stonestreet! Merecido, claro.

Melhor atriz coadjuvante de Drama - Archie Panjabi

Daniel César: Eu esperava que Rose Bryne vencesse. Fiquei surpreso, porém satisfeito. Principalmente porque a vitória de Archie elevou o nome de The Good Wife, uma das ótimas surpresas de 2010.

João Paulo: Merecidíssimo! Archie Panjabi é sensacional, assim como The Good Wife, que se consolida como a série novata de maior sucesso da última fall season!

Melhor atriz coadjuvante de comédia - Jane Lynch
Daniel César: Sim, ela é o grande nome de Glee. Uma grande atriz, mas com um roteiro tão ruim, é difícil acreditar que ela merecesse a premiação. Sofia Vergara merecia muito mais por seu trabalho em Modern Family e esta categoria ficou muito injusta.

João Paulo: Sou muito fã da Sue Sylvester, mas eu queria tanto que Sofia Vergara levasse este prêmio para casa! Gloria é demais e afinal, o que seria de Modern Family sem o sotaque latino dela, hein?






Melhor ator convidado em série de comédia - Neil Patrick Harris

Novamente injustiça. Não pelo ator que realmente é ótimo, mas pelo roteiro. Glee não consegue elevar ninguém a um prêmio. Principalmente quando há Fred Willard e Will Arnette concorrendo.

Melhor atriz convidada em série de comédia - Betty White

Daniel César: Supresa, não injustiça. Todos sabiam que Saturday Night Live venceria, mas o nome favorito era de Tina Fey, a papa Emmy. Betty White teve uma participação realmente feliz e o prêmio ficou em boas mãos.

Melhor ator convidado em série de drama - John Lithgow


Daniel César: Dexter venceu justamente na categoria em que não se esperava. Não houve injustiça, pois John Lithgow foi genial em sua presença na série, porém, em 24 Horas, a participação final e marcante de George Itzyn foi muito impactante para ficar sem prêmio.

Melhor atriz convidada em série de drama - Ann-Margret

Daniel César: Injustiça das grandes. Ann-Margret teve uma participação discreta e nem era lembrada entre as concorrentes. A pequena, mas de suma importância e linda, participação de Elizabeth Mitchell em Lost dava a ela a condição de favorita e de vencedora moral da estatueta.

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E que venham as séries novas! o/

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Cura: 1x03 "[a série] não [é] tão simples de se compreender como a maioria dos produtos da teledramaturgia brasileira"

Escrever sobre A Cura não é tarefa fácil. Desde o episódio piloto se soube que a série escrita pelo ótimo João Emanuel Carneiro para a Rede Globo seria extremamente complexa e não tão simples de se compreender como a maioria dos produtos da teledramaturgia brasileira.

A proposta de João Emanuel foi apresentar ao público um novo modelo de dramaturgia nacional. Portanto, ao assistir cada um dos episódios é preciso que o telespectador tenha em mente que não está vendo um produto meramente brasileiro e, a premissa fundamental para acompanhar a série é despir-se de qualquer pré-julgamento em comparação aos outros produtos televisivos disponíveis no mercado nacional.

Conseguindo isso, é possível sentar-se e deleitar-se diante de um produto iluminado. A TV brasileira passa por um momento histórico e não necessariamente em repercussão e menos ainda em audiência - principalmente em virtude do horário de veiculação, já que começa as 23h30 por causa do Horário Eleitoral Gratuito - mas no formato e na qualidade.


O 3º episódio exibido na última terça-feira retratou a diferença fundamental de A Cura para todas as outras produções nacionais. Como público estamos acostumados a produtos mais rasos - não necessariamente ruins - e com histórias bem desenvolvidas e nada complicadas de se entender. Por mais que o modelo pareça complicado para as personagens, para o público é sempre fácil acompanhar. Não é o que se vê na excepcional série de JEC.

Após um episódio piloto de apresentação, e um 2º episódio em que o público conheceu a fundo a história de Dimas (Selton Melo) e começou a ficar dividido com os mais diversos sentimentos conflituosos do personagem, A Cura nos brindou com um novo episódio e completamente diferente dos demais. Na prática, não houve nada de importante nas cenas vistas durante todo o episódio, porém, ao analisar mais profundamente, este foi o mais importante e com mais revelações até o momento.

A complexidade dos sentimentos de Dimas foram vistos nas cenas em que ele se leva pela opinião de terceiros e não se aceita como é. Em contrapartida, vemos também o desenvolvimento da história paralela, que acontece no ano de 1728 e que, até então tinha como única ligação com a história principal, o fato de também girar na cidade de Diamantina-MG. Agora já há um laço mais profundo, afinal, fomos apresentados no fim do episódio a Ezequiel, um adolescente que realizava já naquele ano curas milagrosas com o mesmo equipamento médico - principalmente o bisturi - que o tal curandeiro Oto (Juca de Oliveira) usou e que Dimas também vem utilizando. Uma ligação e forte.

Além do que, as cenas mostradas nesta realidade foram bem fortes, com Carmo Dalla Vecchia caracterizado profundamente como um homem doente, tomado de uma maldição lançada por um índio e que sofre por conta disso. Palmas aos maquiadores da Globo por conseguirem tamanha perfeição.

Mas o 3º episódio de A Cura teve como foco principal esteve o tempo todo em Rosângela (Andréia Horta) que decidiu a todo custo provar que Dimas cursou Edelweis (Inês Peixoto) através da cirurgia espiritual. Vemos cenas muito bem escritas e ricas em intrepretação. Quem assiste a série e vê a personagem Rosângela conversando tem certeza que a própria atriz fala daquela forma, como um típica mineira. O retorno de Andréia Horta para a Globo tem sido triunfal.

Após o episódio de terça-feira, um telespectador desatento, desapegado e desinteressado pode ter suspirado e pensado: "O pior episódio entre os três", mas foi o oposto. Este foi o episódio em que tudo começa a fazer sentido e ganhar novas dimensões em A Cura.

Por: Daniel César

Imagem: Rede Globo

No Ordinary Family, primeiras impressões.

Roteiro genial. Personagens cativantes. Elenco impecável. Quase impossível não virar fã de No Ordinary Family à primeira vista.


A série, como vocês já devem saber, conta a história dos Powell - uma família que até vir ao Brasil, mais especificamente para Belém, é normal. O avião em que eles estavam cai no Rio Amazonas e, a partir daí, nada é como antes. O episódio piloto explora basicamente essa descoberta de poderes. Porém a série, em nenhum momento, deixa de fazer uma crítica à sociedade moderna, principalmente, à família moderna. (Pegando as duas últimas palavras, teremos o nome de outra série da ABC: Modern Family. Por incrível que pareça, N.O.F. lembra muito a série de comédia, que - após apenas uma temporada exibida - já é aclamada pela crítica especializada). Ordinary mistura ação, comédia, drama e bons efeitos especiais, não deixando nada a desejar em momento algum. Bem amarrada, com cenas rápidas - e diretas -, diálogos geniais e um futuro promissor, No Ordinary Family desponta, mesmo antes da estreia, como um dos maiores acertos da ABC nos últimos anos.

5 (mil) estrelas, com certeza!

Por: João Paulo


terça-feira, 24 de agosto de 2010

10 curiosidades sobre o Emmy

O site 'Estrelando - Séries' fez um TOP 10 bem bacana sobre o Emmy, que acontece no próximo domingo e no Brasil será transmitido pela Sony e pelo AXN. No ranking, as 10 curiosidades sobre a cerimônia! Texto integralmente extraído do site:

1 - Hugh Laurie nunca ganhou

Mesmo sendo um dos mais respeitados atores da televisão norte-americana hoje, o astro de House nunca levou o prêmio, em nenhum dos cinco anos em que concorreu.











2 - Frasier tem 11 indicações

Kelsey Grammer e sua série caíram mesmo nas graças dos jurados do Emmy. A atração é a única a receber uma indicação para cada temporada na categoria Melhor Série de Comédia.

3 - Apresentador de reality show

Você sabia que esta categoria é a mais recente da premiação? Foi criada há apenas três anos - o terceiro prêmio será dado agora no domingo, dia 29. E os primeiros dois foram ganhos pela mesma pessoa - Jeff Probst, o apresentador de Survivor.

4 - Revezamento de emissoras

O Emmy não é exibido todos os anos pela mesma emissora, aliás. Cada ano uma das grandes se reveza na função. São elas: NBC, ABC, Fox e CBS. Neste ano, a NBC faz as honras com o apresentador Jimmy Fallon no comando.

5 - A Meryl Streep do Emmy

Você sabia que o Emmy tem uma Meryl Streep? Pois Sheila Nevins, produtora da HBO e diretora de programação do canal é a pessoa com mais troféus na prateleira de casa - 21.

6 - Betty White

A veterana norte-americana é a única mulher da História a conseguir conquistar ao menos um prêmio Emmy em cada uma das categorias possíveis - Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Atriz Convidada.

7 - Animação mais premiada

Esta categoria não é nenhuma grande surpresa, mas vale a pena comentar: a animação mais premiada da História da festa é The Simpsons, claro. Matt Groening reúne 25 vitórias.

8 - Saturday Night Live

E com seus mais de 30 anos de existência, Saturday Night Live também tinha que estar na lista de recordistas da premiação, não? São 126 indicações para o programa ao longo destes anos todos.

9 - O fenômeno 30 Rock

Mas, apesar disso, a comédia a conquistar maior número de indicações em um mesmo ano não é Saturday Night Live. Neste ano, 30 Rock está indicado 22 vezes ao prêmio, e conseguiu a façanha.

10 - Melhor Série de Faroeste

Mais uma curiosidade: você sabia que nos anos 1970 havia uma categoria da premiação dedicada exclusivamente às séries de faroeste? São os chamados Western. Com a extinção deste tipo de programa, a categoria também foi abandonada.

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Por: João Paulo

domingo, 22 de agosto de 2010

TOP 10: Melhores aberturas de séries

10º lugar - Fringe



9º lugar - Grey's Anatomy



8º lugar - Modern Family



7º lugar - The O.C.



6º lugar - Friends



5º lugar - Life Unexpected



4º lugar - Damages



3º lugar - Pretty Little Liars



2º lugar - True Blood



1º lugar - Smallville

1ª temporada
2ª temporada
3ª temporada
4ª temporada
5ª temporada
6ª temporada
7ª temporada
8ª temporada

Por: João Paulo

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Cura: 1x02 "Não é fácil entender a construção narrativa de A Cura."

Após um primeiro episódio de apresentação bastante complexo, porém cheio de nuances aprofundados e com seqüências ágeis, principalmente a partir da metade do episódio Piloto, a série global A Cura, de João Emanuel Carneiro teve seu 2º episódio exibido na última terça-feira e mostrou uma história bem construída, com uma narrativa contida e cheia de elementos complexos.

Se o primeiro episódio apresentou personagens e mostrou um mapa da história que seria contada, o segundo episódio mostrou uma veia diferente do autor que, ao contrário de todos os outros trabalhos, optou por uma narrativa mais lenta, porém muito mais aprofundada e complexa. Ao terminar o episódio desta semana o telespectador ficou com uma certeza: não é fácil entender a construção narrativa de A Cura.

Personagens extremamente complexos, com traços de personalidades que nem sempre combinam entre si, além de um roteiro que apresenta uma história não linear, indo contra toda a idéia de narração, e situações que sempre apresentam diálogos extremamente complexos foram marcos nesta semana. Ninguém é apenas o que parece ser. Dimas é um personagem tortuoso com uma história de vida complicada e muito sofrida, porém, o misticismo que gira em torno dele, a possibilidade de ser a reencarnação de um curandeiro e os conflitos que o perseguem, deixam-no extremamente sombrio em alguns momentos e cada texto que sai de sua boca vem com diversos significados e que podem tanto ajudar quanto complicar a interpretação do público.

Além disso, a história que corre paralelamente e mostra um personagem mau e que vive em outra época, porém na mesma cidade, torna tudo mais complexo. Afinal, qual a ligação entre ele e os dias atuais, onde de fato ocorre a história? Em que ponto da história as narrativas se encontrarão e formarão o elo? Essa é a pergunta que não sai da cabeça do telespectador e mantém o interesse constante pela história que é novidade no mundo das séries e um chamariz muito inteligente.

Não se pode abandonar ainda a interpretação de qualidade de todo o elenco. Se em 2009 a Globo surpreendeu ao mostrar uma série com formato teatralizado e um elenco perfeito com Som e Fúria, em 2010 a qualidade de elenco se repete em A Cura com todos muito afinados, inclusive o excelente elenco de atores mineiros. Porém, destaque mesmo para Selton Melo que vem fazendo um trabalho extraordinário, acima de qualquer comparação no ano.

A profundidade de A Cura a distancia completamente do modelo de dramaturgia da TV brasileira. O público foi acostumado a narrativas simples e histórias rasas, portanto, pode ocorrer que alguns telespectadores se afastem confusos. Porém, é esta a profundidade que falta para a TV e que leva muitos espectadores a procurarem produtos importados como as séries americanas. E em matéria de profundidade, complexidade e roteiro bem amarrado e intrigante, A Cura não fica atrás de nenhuma delas.

Por: Daniel César

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Cura: 1x01 "De novo, João Emanuel Carneiro prova que é possível fazer televisão de qualidade"

Após dois anos e meio de expectativa o autor que revolucionou a forma de se fazer televisão na atual década retornou ao cenário na noite desta terça-feira. Trata-se de João Emanuel Carneiro, rei do horário das 7 ao conquistar audiências impressionantes com Da Cor do Pecado e Cobras e Lagartos e o mais jovem autor a ser elevado ao posto de exclusivo do horário nobre de novelas com a excelente A Favorita.

Desta vez, João Emanuel assina uma série. A Cura. Badalada muito antes de estrear, muito por conta do nome por trás do produto e também por ter o retorno de um dos maiores atores brasileiros que há muito se dedicava ao cinema, Selton Melo. Tanto se falou da série que a expectativa ficou quase insuportável, principalmente após iniciarem as chamadas durante os intervalos da Rede Globo.

Foi muita espera, mas valeu a pena. João Emanuel Carneiro mostrou no episódio de estréia que é capaz de se despir completamente dos vícios e linguagem de um novelista e escrever um roteiro de uma série de verdade. Sem seqüências ou diálogos folhetinescos a série mostrou toda uma estrutura seriada, coisa que a Globo busca há muito tempo e raramente consegue com suas produções que sempre caem no tom jocoso das novelas.

Em A Cura, Selton Melo é Dimas. Um jovem médico que retorna a sua cidade natal, Diamantina (MG) para trabalhar em sua profissão, porém, não será fácil, pois os fantasmas do passado o perseguem. Na infância, uma história mal resolvida dá conta de que Dimas foi responsável pela morte de um amiguinho da escola. Ninguém na cidade esqueceu o ocorrido mesmo sendo muitos anos depois e, no episódio piloto não há afirmações de como ocorreu o provável crime, apenas indícios de que o protagonista cortou o amigo em diversas partes.

A forma como esta história foi mostrada ocorreu de forma lenta e gradativa neste episódio. O telespectador foi se familiarizando muito mais com a personalidade dúbia e confusa do protagonista do que propriamente com o histórico de sua vida. A estratégia do autor, apesar de ser um risco porque poderia tornar tudo monótono, funcionou e levou o público a se interessar pelo drama do jovem médico.

Esta não é a história de A Cura. Este é o pano de fundo para a história principal. Ao que parece, Dimas é a reencarnação de um outro médico. Oto. Que viveu na década de 80 em Diamantina e realizava curas milagrosas nas pessoas. Dimas, aparentemente, conta com o mesmo dom e, por isso, sofre perseguições e vive de forma tão confusa. Para deixar tudo isso ainda mais complexo, o autor nos leva de volta ao tempo em 1766 e mostra a história de um personagem cruel, violento e mau, disposto a tudo para enriquecer através dos diamantes na terra de Diamantina. Já na estreia vimos o personagem defendido por Carmo Dalla Vechia matar o "compadre" pelas costas e cortar a língua de um escravo.


Como é marca registrada de João Emanuel Carneiro, em A Cura, tudo acontece muito rapidamente, portanto, não há tempo para diálogos superficiais e situações que tapam buraco no tempo. Todas as cenas foram muito importantes neste episódio de estréia e serviram para explicar o complexo quebra-cabeças que viaja no tempo e mistura medicina com curanderismo, fé e dramaticidade, tudo em um mesmo caldeirão de muita qualidade.

Se João Emanuel Carneiro é capaz de inovar em novelas, ele provou neste episódio que também o é em séries. Texto primoroso e diálogos complexos, e muitas vezes que passavam desapercebidos pelo telespectador menos atento. Assistir A Cura, aparentemente, será um exercício mental que exigirá muita atenção para ligar tantos pontos que parecem soltos, mas que claramente se unem em determinado ponto da história. Mais do que isso, na série, João Emanuel Carneiro vai ainda mais longe do que já havia ido em A Favorita, quando criou protagonista e vilã que ninguém sabia ser quem. Agora, JEC resolveu criar uma história não-linear no melhor estilo Machado de Assis. E com competência.

Destaque também para a coragem do autor, que já havia dado uma "banana" para o Ministério Público em A Favorita. A Cura mostrou cenas fortes e que raramente são vistas na TV brasileira, mas tudo com o bom gosto e qualidade que são marcas registradas do excelente diretor Ricardo Waddington. Graças a ele, o genial texto tomou forma e foi muito bem construído na tela.

No elenco, não houve destaques negativos, exceção feita a Carmo Della Vechia que não convenceu ainda como o provável vilão da história - se é que seja possível uma história não linear ter um vilão - porém, o grande destaque fica por conta de Selton Mello que, em poucas cenas já mostrou ser realmente um dos grandes atores do Brasil. Uma composição primorosa de seu personagem Dimas e, apenas com um olhar, ele é capaz de transmitir toda a sensação que a cena exige. Um baita talento.

Após este primeiro episódio que, trouxe de volta os geniais ganchos de João Emanuel Carneiro, a sensação do telespectador é de "que chegue logo a próxima terça" porque esperar mais sete dias para assistir novamente A Cura, não será fácil. E, de novo, João Emanuel Carneiro prova que é possível fazer televisão de qualidade.

Em tempo: A Cura estreou com 19 pontos de média, segundo a prévia, com um excelente pico de 22 pontos. Estreou registrando 02 pontos a mais na média que sua antecessora, Na Forma da Lei.

Por: Daniel César

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TOP 10: Melhores temporadas da fall-season 2009/2010

Todas as listas sempre que são feitas correm o risco de ficarem injustas. Afinal, muito do que se analisa é algo individual e com um conhecimento subjetivo do criador ou criadores da tal lista. Esta, não tem e não terá a pretensão de ser melhor ou pior que qualquer outra, porém, tenta apresentar com elementos aprofundados as 10 melhores temporadas do período 2009/2010. Vamos a lista:

10º lugar: 24 Horas

A despedida de Jack Bauer evidentemente não poderia ficar de fora desta lista. Se em outras temporadas, a série revolucionária que mostrava a vida de um Agente americano em tempo real, mereceu o topo de listas parecidas como a melhor temporada do ano, em 2010, no fechamento do ciclo Jack Bauer a pegada não foi a mesma. Apesar de um início impressionante e de um final cheio de emoção e com a última cena de deixar qualquer fã de lágrima nos olhos, a temporada teve altos e baixo, mas mesmo assim conseguiu fechar a lista.


9º lugar: Lie to Me

A inovação em forma de série. Lie to Me apareceu para o mundo com uma interessante proposta de mostrar policiais que analisam os casos baseados em estudos científicos que mostram que todos apresentam dicas e sinais no próprio corpo de quando estão mentindo. E, com esta premissa, a temporada nos envolveu do primeiro ao último episódio. Cheia de ingredientes para atrair o público, desde ação, mistério, mortes até muito, muito bom humor. Por isso seria impossível pensar em melhores temporadas neste ano sem remeter a Lie to Me.


8º lugar: Parenthood

A dramédia que substituiu Gilmore Girls em meu coração. Evidente que é cedo para tratar de Parenthood como a substituta da série mais cool da história, porém, a primeira temporada foi divina. Com elementos de humor bem diferente do que estamos acostumados, sem muita agilidade, sem cortes rápidos, mas com diálogos e situações realmente deliciosas, a série conquistou o telespectador logo de cara. Para muitos, ao terminar o episódio Pilot, a impressão que se tinha era de ver uma nova versão de Brothers and Sisters, mas o que se viu ao longo da ótima primeira temporada, é que Parenthood é muito, muito melhor e por isso figura na lista.


7º lugar: Damages

A temporada (quase) final de Damages também não poderia ficar de fora nunca. Apesar de ter caído consideravelmente em qualidade na 3ª temporada, a série querida de muitos e que apresenta Glenn Close num dos papéis mais geniais entre mulheres, continuou forte, com excelente pegada e mostrando que é possível criar uma série com um tema como o poder judicial tão batida, e ainda assim manter a qualidade, inovar e apresentar um dos melhores textos dos últimos anos. E o que é a interpretação de Glenn?


6º lugar: The Closer

A delegada Brenda Jhonson aparece todos os anos na lista de melhor personagem e isso é realmente importante. The Closer se tornou a ponte de salvação da TNT americana, pois é a única série a realmente dar uma audiência satisfatória. A série já passou por todos os períodos prováveis ao longo de suas 7 temporadas e ainda assim não perde em nenhum episódio o frescor e a inovação de mostrar policiais simples, e não FBI, nem CIA, combatendo o crime comandando por Brenda, a delegada mais divertida e genial que o mundo da série já teve notícias. E ainda é viciada em chocolates. Tem coisa mais deliciosa que isso?


5º lugar: Supernatural

Os irmãos Winchester passaram por tudo em 5 temporadas. Mas especialmente nesta 5ª temporada os roteiristas surpreenderam os fãs, mostrando um enredo incrível, muito bem amarrado e conseguindo dar sobriedade e realismo ao apresentar o Apocalipse. Anjos, demônios e o próprio Lúcifer pôde ser visto na TV durante os episódios desta temporada. E tudo com muita precisão, sem cair no clichê e, principalmente, fugindo do estilo trash de se fazer séries de suspense. Por isso merece estar na lista.


4º lugar: True Blood

A melhor série de vampiros que o mundo se tem notícias. True Blood sempre zombou com o mito do vampirismo. Nunca mostrou vampiros bons ou maus, ao contrário, mostrava todos eles insanos e sexualmente doentes com uma gula excessiva pelo sexo e prazer. A mais recente temporada teve uma pequena queda em virtude dos episódios finais, mas nada que tirasse o brilho da série que se tornou Cult no mundo da TV e deixou críticos de cabelos em pé pela agilidade do texto. Se existe uma lista de melhores séries, True Blood precisa aparecer em qualquer situação.


3º lugar: The Good Wife

A série é arrastada? É. A temporada em determinados momentos foi cansativa? Foi. Então por que The Good Wife aparece na lista? Simples. Porque não houve nesta temporada nenhuma série capaz de produzir um texto tão genial e diálogos tão dramáticos como os produzido por The Good Wife. Uma primeira temporada redonda, inteligente, sagaz e que obriga o telespectador a pensar, pois cada texto é repleto de significados que pode levar para qualquer lugar, conforme sua interpretação. Merece estar na lista e tão bem colocada quanto está.


2º lugar: Lost
Muitos se frustraram com a última temporada de Lost. Não eu. Para mim a série respondeu todas as questões importantes e mostrou, afinal, que Lost nunca foi uma série de mistério ou de ficção científica, mas sempre foi sobre relacionamentos humanos. Numa impressionante seqüência de episódios acima da média e com um Series Finale de tirar o fôlego, Lost merecia estar no topo desta lista, não está por um simples motivo que você saberá em breve. Mas consegue, após 6 temporadas, aparecer em 2º lugar no ano e como a mais revolucionária entre todas as séries.


1° lugar: Modern Family

Se fazer humor não é tarefa fácil. Fazer humor de qualidade é tarefa quase impossível. Muitas tentam, poucas conseguem e a maioria não apresenta nada de novo, somente o mesmo humor velho e cansativo, as mesmas piadas batidas e clichês por todos os lados. Não Modern Family. Disparada a melhor temporada entre todas as séries de humor que o mundo já viu, a série preza sempre pelo bom gosto. Texto inteligente, situações que não passam nem perto do pastelão e que, mesmo assim, conseguem tirar o fôlego do telespectador de tão engraçada que são tornaram-se marcas desta série que já conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo e a liderança desta lista.

Por: Daniel César

sábado, 7 de agosto de 2010

Cinco séries que eu deveria assistir

Sabe aquela série que todo mundo te recomenda mas você sempre fala que "vai adicioná-la na lista de espera"? Pois é, a partir do momento que você tem amigos que são tão seriadomaníacos quanto você, não adianta, as recomendações de séries "espetaculares" vêm e vão... Algumas você adere e outras você ignora. Abaixo, uma lista das séries que mais me recomendam e que até hoje eu não comecei a ver:

5º lugar: Skins

Pelo que me dizem, Skins se resume a duas palavras: "sexo e drogas" (se não for isso, é só vocês me corrigirem). Parece ter um dinâmica legal, histórias bacanas, mas... sei lá... não me atrai. Quem sabe um dia, né?

4º lugar: Dexter

"A série mais genial depois de 'Lost'", ahhhh, vê se me erra, vai! A série deve ser boa, mas odeio séries que todo mundo aclama e puxa o saco. Acho que é por isso que não assisti a Dexter até hoje.

3º lugar: Damages

Essa eu quero muito ver o mais rápido possível! Sério mesmo, parece ser fodástica! Minha atenção por séries jurídicas, depois que eu comecei a ver The Good Wife, cresceu muito, e essa parece ser uma boa pedida. Todos que a veem, a elogiam.

2º lugar: House

Séries médicas não são tudo nessa vida mas House parece ser boa. Não começo a assistir por preguiça mesmo. 6 temporadas é muita coisa! Precisa tempo - tudo o que não tenho agora. Em breve, muito em breve.

1º lugar: Friends

Ah, sim. A série que teve o episódio de maior audiência da década na tevê americana. A série que é apontada como a melhor comédia de todos os tempos... Tenho que ver porque as risadas, ao que parece, são garantidas. E uma boa comédia é sempre bem vinda, né.

Por: João Paulo

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

E a ansiedade só aumenta...

A sempre talentosa Eva Longoria anda postando fotos da 7ª temporada de Desperate Housewives em seu Facebook. E estas fotos só fazem a ansiedade para a próxima temporada chegar logo. Visto que, INFELIZMENTE, ela pode ser a última temporada da série, a tristeza também vai, aos poucos, chegando. Mas falemos de coisas boas, né?As fotos, como eu já disse, foram todas divulgadas no twitter/facebook da atriz e mostram os bastidores das gravações da série e dos promos. Abaixo:

RT @EvaLongoria: On set with my lil angel of a daughter Madison!


RT @EvaLongoria: On set of our new Desperate Housewives promo shoot! Season 7 y'all!


RT @EvaLongoria: Shooting DH promos!


RT @EvaLongoria: Do ya think I'm a Desperate Housewife? Cooking and getting my hair
colored at the same time! Ha!


RT @EvaLongoria: On set with all the Desperate Housewives!


RT @EvaLongoria: With @reallymarcia on set!!!
"Com a @reallymarcia no set!!!"


RT @EvaLongoria: On set with the girls! @reallymarcia and teri and felicity and
vanessa! Season 7 baby!

***

Agora só nos resta esperar e torcer para que o dia 26 de setembro chegue logo!

Por: João Paulo

domingo, 1 de agosto de 2010

Novidades da 3ª temporada de 'Castle'

"Castle", série estrela por Nathan Fillion (Firefly, Desperate Housewives) e Stana Katic, estreia sua 3ª temporada no dia 20 de setembro e, com ela, muitas novidades vêm por aí.

Já se sabe que Rick Castle vai ter mais uma preocupação na nova temporada: sua filha irá namorar (sério dessa vez). O ator que vai interpretar o 'genro' do escritor já está sendo, inclusive, procurado. Ele será recorrente na próxima temporada.

Falando em relações familiares, já é certo que algum 'familiar' de Castle vai morrer: Chet, namorado da mãe do escritor, Meredith, primeira esposa de Richard e mãe de Alexis, ou Gina, segunda esposa do romancista.

A nova temporada vem também com uma grande novidade. Além dos casos de todos os episódios, como já estamos acostumados, ela terá um serial killer que vai dar trabalho para Castle e Beckett. Ele estará presente durante toda a temporada. "Nós estamos criando um incrível e manipulador vilão que vai escapar e se tornar o espinho para eles. Ele terá um delicioso apelo ao estilo Hannibal Lecter”, disse Andrew Marlowe, criador da série.

Abaixo você confere um vídeo da nova temporada:



(este post será atualizado sempre que algum novo vídeo da série surgir. fique ligado!)

Por: João Paulo